quarta-feira, 18 de julho de 2012

Saber e Experiência arrumados em prateleira


Lojas de saber, ciência por um euro

Por António Marcelino

Professores universitários, carimbados de inúteis e dispensáveis por terem feito setenta anos, não resignados por se julgarem ainda capazes de muito, organizam-se, em Coimbra, sob a batuta do Prof. Pedroso de Lima, para, em favor dos outros, devolverem à sociedade o que esta investiu neles, para lhes proporcionar, ao longo dos anos de estudo e de magistério, o que lhes permitiu de saber e competência. Gente que ensinou dispõe-se agora a dar cursos de pequena duração, acessíveis às diversas idades e condições, com o alvo de proporcionar, sobretudo aos desempregados, meios que lhes permitam não desistir e serem, eles próprios, criadores e inovadores. Apenas um euro simbólico por participante e total gratuidade por parte dos mestres. As temáticas vão “da física à medicina, das ciências em geral às lições de vida”. Em maio arrancou a iniciativa com o curso “os Sons e a Vida”. Mais de cem participantes e, entre eles, alguns professores jubilados.
Uma lufada de ar fresco numa sociedade acomodada. Arruma-se, por vezes em prateleiras douradas, muito saber e experiência que fazem falta a muita gente. Menos mal que a livre iniciativa privada e a decisão de não morrer antes da morte dão lugar a coisas novas, orientadas para o bem e com a marca visível de uma gratuidade solidária.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Os exageros de D. Januário





"Este Governo é profundamente corrupto, nestas atitudes a que estamos a assistir", disse, constatando que "Portugal, de facto, é um asilo". E pergunta: "Então isto é um exagero meu?!"

"O problema é civilizacional, porque é ético. Eu não acredito nestes tipos, em alguns destes tipos, porquê?, porque são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube, porque pressionam a comunicação social, etc. O que significa que os anteriores, que foram tão atacados, quer dizer, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros, alguns, que acabam de aparecer", refere o bispo, que há pouco tempo já comparara o atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com António de Oliveira Salazar."

Li no DN


Nota: Declaro, antes de mais, que não sou filiado em qualquer partido político, mas reconheço que eles são fundamentais numa sociedade democrática. Também declaro que tenho por princípio ético respeitar os poderes legitimamente eleitos e instituídos.
Depois disto, quero dizer que há muito tempo me habituei a ouvir Januário Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, como quem ouve um indivíduo que nem sempre pensa no que diz, porventura com o propósito de dar nas vistas.
Como bispo que é, acho que devia ser mais contido, sem, porém, deixar de ser frontal na denúncia do erro e no anúncio daquilo que considera correto para a construção de um mundo mais justo e mais fraterno. Nessa linha, as acusações que faz têm de ser provadas, para não passarem por gratuitas. Um cidadão com as responsabilidades que o bispo Januário tem não pode nem deve ficar isento de provar o que afirma em público. Espero, portanto, que o Procurador Geral da República tenha em conta que ninguém está acima da Justiça, seja bispo ou leigo.
Adianto ainda que Portugal está a passar um mau momento, com muitos portugueses a viverem dramas terríveis, mas nem isso me pode levar a ofender quem quer que seja, com a violência com que o Bispo das Forças Armadas o fez.
Sempre aprendi na Igreja Católica que devemos ser construtores de paz e não promotores de guerras. Januário Ferreira esqueceu-se disso.


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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Passeio de fim de ano à Capital da Cultura

Por Maria Donzília Almeida




"O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo."

Carlos Drummond de Andrade


Para acabar em beleza, realizou-se o passeio de final de ano, no passado dia 13, como forma de encerrar as atividades do ano letivo, 2011/2012.
Este ano, o destino escolhido foi consentâneo com a nossa história e com o evento que decorre no Alto Minho.
Muito cedo, para desfrutarmos de um dia longo e bem preenchido, partimos da Gafanha às 7 h da manhã, rumo ao berço da nossa nacionalidade – Guimarães. O tempo prometia cumplicidade com o cansaço e a expetativa dos “turistas”!
A viagem decorreu sem incidentes e depressa nos colocámos na bela e antiga cidade de Guimarães. Parece que uma fada passara ali a sua varinha, pois a cidade airosa e fresca, ostentava um rosto lavado e o arranjo meticuloso dos seus jardins. Decerto, a autarquia providenciara para que a receção ao alto posto de capital europeia da cultura, fosse bem sucedida e acolhesse os forasteiros com graça e um aspeto de casa arrumada.

Crónica de Bento Domingues

No PÚBLICO de ontem




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domingo, 15 de julho de 2012

Ainda a licenciatura do ministro Relvas

Alberto João Jardim, líder madeirense, acredita que a sua experiência vai garantir-lhe tirar os cursos de veterinária, biologia, informática e astronomia. Desta vez, Alberto João teve graça. Não costumo achar graça ao que ele diz e faz, mas hoje dou-lhe razão, por graça.
Com o exemplo de Relvas, para quê estudar? E como ele fez, tenho cá para mim que outros já fizeram o mesmo. Se calhar, o que importa agora é descobrir a universidade que faça o trabalhinho mais barato!
Ao que Portugal chegou!

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RSI - Desempenhar tarefas úteis

Li no PÚBLICO


"Mota Soares quer que os beneficiários devolvam “um pouco do esforço que a sociedade está a fazer a essa mesma sociedade” (Foto: Rita Baleia)
O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou hoje que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) vão passar a ser obrigados a procurar trabalho, fazer formação profissional e desempenhar tarefas úteis à sociedade."


Ora aqui estão medidas acertadas. Haverá pessoas impossibilitadas de responder às exigências, mas as que puderem trabalhar devem fazê-lo, sim senhor. Sempre será melhor do que nada fazer.


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Poesia para este tempo

Li no caderno Economia do EXPRESSO



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