"Este Governo é profundamente corrupto, nestas atitudes a que estamos a assistir", disse, constatando que "Portugal, de facto, é um asilo". E pergunta: "Então isto é um exagero meu?!"
"O problema é civilizacional, porque é ético. Eu não acredito nestes tipos, em alguns destes tipos, porquê?, porque são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube, porque pressionam a comunicação social, etc. O que significa que os anteriores, que foram tão atacados, quer dizer, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros, alguns, que acabam de aparecer", refere o bispo, que há pouco tempo já comparara o atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com António de Oliveira Salazar."
Li no DN
Nota: Declaro, antes de mais, que não sou filiado em qualquer partido político, mas reconheço que eles são fundamentais numa sociedade democrática. Também declaro que tenho por princípio ético respeitar os poderes legitimamente eleitos e instituídos.
Depois disto, quero dizer que há muito tempo me habituei a ouvir Januário Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, como quem ouve um indivíduo que nem sempre pensa no que diz, porventura com o propósito de dar nas vistas.
Como bispo que é, acho que devia ser mais contido, sem, porém, deixar de ser frontal na denúncia do erro e no anúncio daquilo que considera correto para a construção de um mundo mais justo e mais fraterno. Nessa linha, as acusações que faz têm de ser provadas, para não passarem por gratuitas. Um cidadão com as responsabilidades que o bispo Januário tem não pode nem deve ficar isento de provar o que afirma em público. Espero, portanto, que o Procurador Geral da República tenha em conta que ninguém está acima da Justiça, seja bispo ou leigo.
Adianto ainda que Portugal está a passar um mau momento, com muitos portugueses a viverem dramas terríveis, mas nem isso me pode levar a ofender quem quer que seja, com a violência com que o Bispo das Forças Armadas o fez.
Sempre aprendi na Igreja Católica que devemos ser construtores de paz e não promotores de guerras. Januário Ferreira esqueceu-se disso.
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