quarta-feira, 2 de maio de 2012

ÍLHAVO: Festival de Teatro



O Festival de Teatro do Município de Ílhavo vai decorrer desde hoje a 27 de Maio, numa edição marcada por uma nova roupagem e novas iniciativas, mantendo contudo a forte e decidida aposta na divulgação desta arte tão nobre, com grande tradição no nosso Município, levando-a a vários espaços culturais e a diversos públicos, homenageando o teatro amador e incentivando em especial os grupos existentes no concelho.
Na edição deste ano, o Festival de Teatro, dedicará uma semana ao Teatro Infantil (de 2 a 4 de Maio), promovendo esta arte de palco e de rua junto dos Alunos do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico. No último dia (4 de Maio) a sessão de Teatro será dirigida aos Alunos do Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico de Escolas fora do Município de Ílhavo.Com uma aposta reforçada na formação, assim como na partilha de experiências e de percursos de vida, tendo o Teatro como elemento principal, o Festival de Teatro dedicará também um Atelier Projeto ao público Sénior, de 5 a 25 de Maio, no Centro Cultural de Ílhavo.

Fonte: CCI

terça-feira, 1 de maio de 2012

JOSÉ MATTOSO EM ENTREVISTA AO PÚBLICO DE ONTEM






É preciso recuperar as ideologias e os ideais, perdidos nas últimas décadas?

Tenho pouca confiança nas ideologias, nos ideais sim. Os ideais propõem-nos um horizonte que nunca conseguiremos alcançar: o ideal da pureza, da beleza, da abnegação - nunca lá chegaremos suficientemente. Jesus Cristo utiliza expressões extremas, porque são ideais: se te baterem numa face, dá a outra; devemos fazer o bem aos nossos inimigos. Isso é um ideal, ninguém chegará lá, porque é um horizonte sem fim, de tal modo exigente, que há sempre uma aproximação e a esperança de fazer mais. E as ideologias?
Os ideais são indispensáveis para o homem melhorar a sociedade em que vive. As ideologias, não sei de nenhuma que tivesse resolvido os problemas da humanidade a uma escala suficiente: marxista, socialista, conservadora... Até as próprias religiões, como sistemas de organização da vida. Elas traçam uma série de regras e, se as regras são absolutas, tornam-se como o homem que se submete [à lei e não a lei] para o homem; e se são instituições permissivas, não atingem os objectivos.
Apareceu um abaixo-assinado de 400 padres na Áustria. Há ali uma série de problemas concretos que a instituição-Igreja não aceita e, todavia, do ponto de vista evangélico, seria natural haver uma certa maleabilidade. Na Idade Média havia um subentendimento de outra forma de organizar a vida humana do ponto de vista moral e espiritual: as regras fundamentais eram apresentadas em toda a sua exigência, mas a prática era muito mais maleável e não considerava que houvesse casos sem solução.

Ler toda a entrevista aqui


- Posted using BlogPress from my iPad

segunda-feira, 30 de abril de 2012

EPITÁFIO: BORIS AMADO

ELOGIO FÚNEBRE POR MARIA DONZÍLIA ALMEIDA





MEU BOM AMIGO! MEU FIEL CÃOPANHEIRO!


Reverteram-se os papéis! Agora não és tu que falas dos donos, mas é a dona que fala de e para ti! Cumpriu-se a tua passagem pelo planeta, em que a tua morada foi o jardim, aquele jardim que tu tanto percorrias e onde tantas vezes te deitaste, a descansar. Às vezes, rebolavas-te, na relva, por puro prazer e via-se na tua carinha, uma expressão de felicidade! Como eu gostava de te observar!
A tua liberdade era total, nunca te sentiste acorrentado a cordas, a preconceitos. Ainda que a porta estivesse escancarada, tu não te evadias à procura de aventura! Tinhas tudo no teu ninho, alimento para o teu corpinho de pêlo castanho, tigrado e para a tua “alminha” que era tão pura. Havia um amor incondicional, que nunca encontrei em nenhum humano!
Tu davas tudo, sem procurar nada, em troca.

Dia Internacional do Jazz: 30 de abril

Texto de Maria Donzília Almeida


Jacinta



Hoje, quando deambulava... no sentido de descomprimir da dor provocada pela doença de um ente querido, ouvi, na rádio, a referência a esta efeméride que é celebrada pela primeira vez.
O jazz é uma manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos. Teria surgido por volta do início do século XX, na região de Nova Orleães e suas proximidades, tendo o seu berço, na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam.
O Jazz desenvolveu-se com a mistura de várias tradições musicais, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes,  chamada e resposta,  forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são os usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o Jazz, em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento.
As origens da palavra Jazz são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal facto. O Jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde celebrado músico de jazz, costumava dizer que "tocava  piano, antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada".
Desde o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o Jazz produziu uma grande variedade de subgéneros, como o Dixieland da década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o Bebop de meados da década de 1940, o Jazz latino das décadas de 1950 e 1960, e o Fusion das décadas de 1970 e 1980. Devido à sua divulgação mundial, o Jazz adaptou-se a muitos estilos musicais locais, obtendo assim uma grande variedade melódica, harmónica e rítmica.

Catitinha: achegas para a sua biografia

Catitinha. (Foto enviada por Joaquim Madeira)

No meu blogue Galafanha editei hoje um texto com achegas sobre o Catitinha, que referenciei no livro "Gafanha da Nazaré: 100 anos de vida". Um leitor, Joaquim Madeira,  conterrâneo do ancião que conheci na minha meninice, teve a gentileza de me enviar algumas notas curiosas. Pode ler tudo aqui.

domingo, 29 de abril de 2012

CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES NO PÚBLICO

UM INQUÉRITO PARA ESQUECER?



- Posted using BlogPress from my iPad

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 288

PITADAS DE SAL – 18 



AS SALINAS 


Caríssima/o: 

Sendo um mês de cinco domingos, oferece-nos a possibilidade de procurar na arca uma poesia: 

CENA V 

«AS SALINAS» 

(Salineiro, a solo, e côro) 


Anda o sol pela ria 
De manhã 'té noitinha; 
Marnotos à porfia, 
Botaram a marinha. 

A água vai entrando, 
- Espelho de cristal 
E o marnoto, cantando, 
Começa a rer o sal. 

Côro - Ó salineiro 
Anda ligeiro, 
Olha que a chuva 
Pode chegar. 

E a salina, 
Que é tua mina, 
Se vem a chuva, 
Tens de alagar. 

II 

Vai o sal para a eira, 
Branquinho, a cintilar, 
Em tardes de solheira 
Ou noites de luar. 

São montinhos de neve, 
Na luz do entardecer, 
Que o sol beija, ao de leve, 
P'ra os não enegrecer. 

Côro – Ó salineiro, etc. 

III 

E o marnoto - bom Deus! 
Vendo o sal, seu labor, 
Ergue os olhos aos Céus, 
Reza a Nosso Senhor. 

Depois, na canastrinha, 
Segue o sal seu destino. 
Serve para a cozinha 
E baptiza o menino. 

Côro - Ó salineiro, etc. 


in Gente Miúda, Teatro infantil, Letra de Manuel Craveiro Júnior; Música de Manuel Craveiro Júnior e Amadeu Santos, Livraria Figueirinhas – Porto, 1945 [Fantasia musicada em 2 Actos, 4 Quadros e 12 números de música] 

Manuel