quarta-feira, 21 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA POESIA - DIA MUNDIAL DA ÁRVORE









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UMA VISITA À ESCOLA DA MARINHA VELHA

Classe de 1958; a professora Custódia era aluna.
Anos depois, com a sua professora


















LEITURA E ESCRITA NO SUMÁRIO DO DIA

Ontem tive o prazer de participar numa ação de sensibilização para a leitura e escrita. Eram quatro turmas do primeiro ciclo do Ensino Básico, com algumas crianças à volta das primeiras letras. O prazer saiu redobrado, ou não estivesse eu na Escola da Marinha Velha, no edifício que vi nascer e crescer, mas também onde vivi três décadas da minha vida.
Seguramente, não terei adiantado muito na linha de as entusiasmar pela leitura e pela escrita, que essa tarefa ficará mais à conta das professoras, dedicadas e competentes, que, pelo que ouvi, estão muito interessadas no assunto. E como prova disso está a sessão em que participei.
Sempre considerei que as nossas crianças e jovens precisam mesmo de ser educados para a leitura e escrita. É sabido que as solicitações desviante são muitas e diversas, qual delas a mais forte. Televisão, computadores, internet, vídeos, jogos e filmes, mais música, catequese, ginástica, natação, pintura e desporto, tudo importante, é certo, mas carecendo de peso e medida, já que a pessoa não terá capacidade para excessos.
Por aquilo que ouço e vou sabendo, falta às famílias, na sua grande maioria, discernimento para envolverem os seus filhos apenas no essencial e numa ou noutra atividade para a qual eles tenham especial vocação. Isto é: se os filhos não mostram qualquer vocação para as artes musicais, que interesse haverá em os massacrar com aulas de violino ou saxofone? Conheço, pessoalmente, casos semelhantes.
Todos sabemos que as crianças e adolescentes, em especial, precisam de tempos livres para brincar. E não o têm. Nem tempo têm para conversar com os pais. Correm de um lado para outro e chegam ao fim do dia extenuados. Leituras e escrita nestas condições de vida não são tarefa fácil.

FM

HÁ CEM ANOS NASCEU O PADRE ARTUR SARDO

Hoje cumpre-se o 1.º centenário do nascimento 
do Pe. Artur Ferreira Sardo 
(21-03-1912 / 11-12-2000).

Foi um sacerdote de grande erudição, mas também de enorme simplicidade, sem nunca mostrar sinais de incómodo, pelo contacto constante com pessoas das mais variadas origens.
As suas homilias tinham davam o conhecimento concreto de um mundo distante, entre maiores ou menores riquezas, mas sempre insistindo na conquista das grandes riquezas dos homens, que nascem no seu coração. E acrescentava raciocínios próprios de quem tinha feito da aprendizagem da vida o maior exemplo a partilhar. Sentia-se que gostava das preleções na Igreja Matriz, e por isso dava grandes lições, através das palavras.
Deixou-nos um grande exemplo: «(...) a sua entrega ao projecto vocacional sacerdotal e missionário, e o serviço alegre dos irmãos.», conforme palavras de D. Maurílio Gouveia, Arcebispo de Évora, na lembrança inscrita no livro P. Artur Ferreira Sardo - Imagens e Reflexos de uma Vida, da autoria de Manuel Olívio da Rocha.

Hélder M. C. Ramos
NOTA: Agradeço a oportuna lembrança do meu amigo Hélder.
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terça-feira, 20 de março de 2012

GAFANHA DA NAZARÉ: PARA OS MAIS DESFAVORECIDOS





NOTA: Congratulo-me com esta decisão do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Nazaré. Todos sabemos, pela comunicação social e por conhecimento direto, que há cada vez mais idosos que vivem em grande solidão. Uns por opção pessoal, outros por falta de familiares que os possam apoiar. A noite deve ser terrível para esses velhos. Durante o dia há sempre alguém que passa ou um vizinho que os saúda, mas depois, apenas  um silêncio atroz os envolve. Uns adoecem sem terem quem lhes valha, outros acabam por morrer. Daí a importância dos Centros  de Noite.
Em tempo de crise, com desemprego ou empregos precários, não falta quem tenha muito pouco para se alimentar. A fome, segundo estatísticas, afeta cerca de 20 por cento dos portugueses. Em época de fartura para alguns, neste século XXI de tantos progressos, cresce o número de pobres. Mas como a solidariedade ainda não é palavra vã, estou certo de que a Cozinha Social será uma mais-valia na linha do ataque à pobreza envergonhada.


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Equinócio da primavera



Aguarela

Novas tintas
Em formas distintas
Escorrem
Na natureza,
Tanta beleza!
Nova imagem
Tingem de cor
A paisagem.
E as borboletas
Em piruetas,
Multicores
Buscam as flores,
Saudosas
Da primavera.
E nesta era,
Outros insetos
Voadores
Adejam.
As joaninhas
Às pintinhas,
Pretas,
Concretas,
Enchem de alegria
E magia
Esta harmonia!
Mª Donzília Almeida
21.03.2012      

PRIMAVERA


Que o colorido e a alegria da PRIMAVERA inundem os nossos corações, levando-nos a ser mais gentis e mais disponíveis para todos. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

António Augusto Afonso com a Gafanha da Nazaré no coração


António Afonso

António Augusto Afonso, 87 anos, viúvo, é um emigrante nos EUA. Alfaiate de profissão, aqui na nossa terra, junto ao estabelecimento comercial conhecido por Zé da Branca, com a sua palmeira, e em terras do Tio Sam, nunca deixa de pensar nos ares, paisagens, pessoas e acontecimentos que lhe povoam a memória. 
Paralelamente à arte que o distinguiu, ainda foi exímio barbeiro, mais aos fins de semana. Numa ou noutra carta que nos escreveu e nas conversas durante as férias que passa na sua e nossa terra, António Afonso deixa transparecer, minuto a minuto, o amor que tem ao torrão natal que lhe está na alma. 
Durante a recente visita que nos fez, recordou figuras e factos doutros tempos com memória fresca e fiel, mas também das suas vivências na América. Referiu que, para vencer a solidão, nascida com a reforma, se dedica a recordar, construindo miniaturas de madeira e de outros materiais, onde aviva e enriquece a sua existência, reproduzindo, de cor, edifícios e objetos que traz na cabeça. Tornando-os presentes, longe daqui, pode, então, ao apreciá-los, voltar a recuar décadas e sentir-se gafanhão de coração. Mas António Afonso não se fica por aí. Como gosta de escrever, passa ao papel, numa caligrafia personalizada, certinha e bem medida, estórias vividas há muito tempo.