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segunda-feira, 19 de março de 2012
Defesa da orla costeira na Praia da Barra
Intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente
O recente avanço do processo erosivo provocado pelo mar junto ao Apoio de Praia da Barra, Offshore, com destruição completa das obras de reforço do cordão dunar concretizadas pelo INAG no final do mês de Novembro de 2011, a Câmara Municipal de Ílhavo desenvolveu múltiplas diligências junto das entidades com competência na gestão da Orla Costeira, nomeadamente, junto do Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, tendo daí resultado a execução de uma empreitada de emergência de reposição do cordão dunar na referida zona, utilizando a técnica de colocação de areia, iniciada hoje 19 de Março de 2012 pela Agência Portuguesa do Ambiente (ex-INAG), com duração prevista de 21 dias.
Entretanto, a autarquia continua a chamar a atenção de todos os utilizadores desta zona da praia da Barra para a movimentação das máquinas que estão a executar os trabalhos em causa.
Fonte: CMI
DIA DO PAI: 19 de março
Texto de Maria Donzília Almeida
"Zé da Rosa auscultando o mundo"
Aqui fica esta singela homenagem,
ao meu progenitor! A minha grande alegria é saber que ainda pode receber a
“prenda”, lê-la e.........interpretá-la! É o reflexo do grande investimento que
fez nesta criatura. Uma lucidez invejável, um raciocínio lógico de quem fez
muitas contas à vida, enfim, uma integridade intelectual e moral, apanágio de
grandes homens! Augúrios de boa saúde e muito bem-estar!
Já viveu uma longa vida,
Onde foi um lutador.
Segura e destemida
É assim este Senhor!
Defendeu nobres valores!
Enfrentando dissabores.
Alguns ficaram famosos,
Liberdade proclamaram,
Mais futuro alicerçaram.
Em tudo o que edificou
Ideais de fraternidade
De tudo, que o destacou,
AH! Foi a solidariedade!
19 de Março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
António Nobre - o poeta de o SÓ
18 de março de 1900
Texto de Maria Donzília Almeida
Desde que reatei a convivialidade, com o Conde da família, que à janela da minha memória, assomam apenas, criaturas nobres!
A personagem que a seguir se apresenta, povoa o meu imaginário infantil desde tenra idade. O poema apresentado, com o ritmo cadenciado, ao jeito de uma canção de embalar, ficou gravado na minha memória de menina de bibe!
António Nobre nasceu no Porto, em 1867 e viria a falecer na mesma cidade, no dia 18 de Março de 1900, com apenas 33 anos de idade. Matriculou-se em 1888 no curso de Direito, na Universidade de Coimbra, mas como os estudos lhe corressem mal, partiu para Paris onde frequentou a Escola Livre de Ciências Políticas. Aí, licenciou-se em Ciências Jurídicas. De regresso a Portugal, tenta entrar na carreira diplomática, mas é impedido pela tuberculose. Doente, ocupa o resto dos seus dias, em viagens, a procurar remédio para o seu mal, da Suíça à Madeira. Obras poéticas: Só, publicada em Paris em 1892, Despedidas, 1902 e Primeiros Versos, 1921, ambas publicadas postumamente.
Trata-se, de facto, em especial no caso de Só, de uma obra emblemática em si mesma e do fim-de-século português, combinando a herança romântica com a estética do Decadentismo e do Simbolismo, que o poeta bem conhecia (como aliás a geração coimbrã a que pertence): a sobreposição desses modelos, o seu universo pessoal e o seu talento de poeta fazem nascer uma voz original, tecendo o sábio trabalho sobre os tipos de verso e de estrofe mais diversos, sobre o ritmo e formas poéticas clássicas como o soneto ou outras, com destaque para o poema longo e de construção dialógica (por exemplo, em “António” ou “Os figos pretos”). Do ponto de vista técnico, trata-se de uma poesia que parece muito próxima da oralidade, mas tal é desmontado quer por referências temáticas de requintada estesia, quer pelo uso de versos como o alexandrino e o decassílabo, a par de outras medidas, combinando com mestria ritmos sofisticados, ao modo simbolista, mas sem criar a opacidade que se pode ler em poetas seus contemporâneos (v.g. Eugénio de Castro), antes mantendo uma cadência cantabile, que qualquer leitor consegue acompanhar - o que não será alheio ao sucesso atestado pelas múltiplas reedições.
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