domingo, 4 de dezembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

UMA REFLEXÃO PARA ESTE DOMINGO




MAIS FORTE DO QUE EU
Georgino Rocha

Que estranha figura nos vem trazer tão alegre notícia! Que protagonista desconcertante escolhe Marcos para abrir o cenário do início à narração do Evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus! Que multidões, dos campos e de cidades, cheias de expectativas, acorrem a ouvir João Baptista e os seus exigentes apelos de conversão! Estas exclamações contêm interrogações que encontram resposta na proclamação da mensagem que nos chega dos cristãos de Roma e que redigida nos anos 67/67 da nossa era.
A figura de João é estranha, desconcertante, irreverente, subversiva. A sua retirada para o deserto assemelha-se à de Elias: contestação dos critérios imperantes nas classes dirigentes, políticas e religiosas, denúncia do sistema social estabelecido, apelo veemente à transformação da estruturação da sociedade e do estilo de vida sóbria, reduzida ao essencial. O deserto surge como espaço de encontro com Deus, propício para escutar a voz da consciência em suas aspirações fundamentais, distante dos interesses e dos privilégios dos poderosos, liberto de temores e de represálias.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 266


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 49 



GRÃO DE BICO COM BACALHAU 

Caríssima/o: 

De facto a bicicleta não anda a grão de bico com bacalhau, mas ... 
Uma noite, de regresso das aulas que frequentavam na Escola Comercial de Aveiro, numeroso grupo de ciclistas ansiavam por chegar a casa para matar a fome depois de um dia de trabalho seguido das tais lições (que seguiam voluntariamente com a mira de uma valorização pessoal e... profissional). 
Como dá para imaginar, as energias não seriam muitas e as bicicletas deslizavam suavemente quase ao passo de carneiro mal morto. Não havia pressas, o luar espraiava o horizonte, a conversa corria entre risos. 
Nada fazia prever que, de repente, se aproximasse um que partira mais tarde e os ultrapasse a todos. Espanto! Podia lá ser que o António Vareta estivesse com tanta pressa que nem lhe permitia saudar os companheiros!... Mas era verdade: ele já ia bem lá à frente! 
- António! Eh António! Que se passa, homem? Vais a fugir de alguém?!- gritou-lhe em ar de troça um deles. 
Sem se voltar para trás e a pedalar cada vez com mais intensidade, o nosso jovem ainda arranjou forças para responder: 
- Eh, pá tenho que ir e depressa... 
- Tem calma. 
- Não, não! Tenho que me despachar!... Hoje a ceia é grão de bico com bacalhau e eu gosto muito... mas tem de ser quente!... 
Mais não se ouviu e rapidamente fugiu da vista dos outros companheiros não fosse a ceia ficar fria! 

Manuel

sábado, 3 de dezembro de 2011

O país suspirou de alívio




HOMENAGEM A MÁRIO DE ALMEIDA
Maria Donzília Almeida
O país suspirou de alívio, com a notícia do resgate, com sucesso, dos náufragos das Caxinas, no dia de ontem. Na verdade, foi com comoção que assisti, pela televisão, à notícia detalhada, do salvamento de 5 pescadores que andaram à deriva, durante três dias. Quase tinham chegado ao limite das forças, quando um helicóptero da aviação portuguesa conseguiu essa brilhante façanha: um resgate total de todos os cinco pescadores. Ponho-me no papel dos familiares, nas horas de angústia que viveram, aqueles que trazem sempre o coração nas mãos!
Ainda, hoje, na rádio, se falava no caso e o que mais me tocou, foi ter ouvido que o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Dr Mário Almeida, esteve no terreno, a falar com os náufragos e a inteirar-se da sua situação. Ocorreu-me de imediato um enorme sentimento de gratidão e confirmei como este é um grande homem!

Um retrato de Portugal e dos portugueses

António Barreto em entrevista ao i



"Uma indisciplina que foi ganhando requintes?
Estou a lembrar-me do governo a que eu pertenci, em que o doutor Medina Carreira já grunhia contra a despesa pública excessiva, contra a despesa desnecessária, contra a despesa inútil, e eu aprendi muitíssimo com ele. Ele dizia, dado que os políticos portugueses, de todos os partidos, são irresponsáveis e gastam por conta sem se importarem com nada, que parece que não têm filhos, que não vão ter netos. Gastam, gastam, gastam com tudo e mais alguma coisa, os políticos nacionais e os políticos autárquicos. E isto é uma infelicidade, parece que fomos pobres durante 40 anos e, de repente, passámos a ser ricos, novos-ricos, falsos ricos! E eu convenci-me da disciplina do euro, liderada pelo Banco Central Europeu, com um grande contributo dos alemães, que são absolutamente fanáticos pela estabilidade da moeda.

E o que descobriu?
Convenci-me de que os portugueses se iam portar bem e dei-me conta, para meu grande desgosto, que durante o período do euro os dirigentes portugueses continuaram tão irresponsáveis quanto eram, ou mais e, curiosamente, com a cumplicidade europeia. Os europeus queriam exportar para cá, queriam mandar dinheiro para depois receber, e são absolutamente co-responsáveis e cúmplices com a indisciplina portuguesa.
E desta vez aprendemos a lição?
O desespero europeu em que vivemos é tão fundo, tão grave, tão grave, a crise é tão absolutamente histórica, que isto talvez seja de molde a dar-nos uma lição. E tanto os portugueses como os europeus se virem menos para a indisciplina e para a demagogia financeira."
Ler mais aqui

Planta que vive na pedra




Esta planta de interior resolveu, um dia, já lá vai muito tempo, sair de casa e estabelecer morada na escadinha que dá acesso à minha residência. No tempo próprio, brota a flor para saudar quem vem. Gosto de a ver ali, alimentando-se nem sei de quê e resistindo a todas as crises. Belo exemplo de sobrevivência nos dá esta planta em época difícil.

O Advento na pintura


Juízo Final, Frei Angélico

O Juízo Final é o que desejamos 
do mais profundo de nós próprios

«Os ortodoxos têm o costume de pintar o “Juízo Final” sobre a porta de saída da igreja. As pessoas ouvem a palavra, contemplam os ícones de Cristo, da Virgem Maria e dos santos, e ao regressarem para a sua vida levam impressa na sua mente a imagem do Juízo Final.» 
«Infelizmente, ao longo dos séculos, foi utilizada de uma forma um pouco “terrorista” para assustar as pessoas», quando «para nós, cristãos, o Juízo Final é o que desejamos do mais profundo de nós próprios.» 
O cónego João Marcos, pintor e diretor espiritual do Seminário dos Olivais, em Lisboa, explica ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura algumas das expressões da arte e da espiritualidade do Advento na pintura cristã do Ocidente e do Oriente. 
O Advento, que este ano começou a 27 de novembro, data que marcou o início de um novo ano lítúrgico para os católicos, compreende os quatro domingos anteriores ao Natal.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue