domingo, 26 de dezembro de 2010

José Estêvão nasceu neste dia, 26 de Dezembro


José Estêvão, grande parlamentar português e um aveirense ilustre, nasceu neste dia. A nossa região, incluindo a Gafanha da Nazaré,  muito ficou a dever a este político, pela sua intervenção em defesa dos nossos interesses. 

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 217

PELO QUINTAL ALÉM – 53



A OLIVEIRA

A
todos e cada um de vós
que espreitais este quintal

Caríssima/o:

a. “Verde foi meu nascimento
E de luto me vesti
Para dar a luz ao mundo
Mil tormentos padeci.”

Foi com esta adivinha e com as imagens dos livros de leitura das primeiras classes da escola primária que me familiarizei com a oliveira e a azeitona. Aliás esta era manjar e conduto para refeição “festiva”, mas só nesta altura soube que era à oliveira que se ia apanhar.
Lembrando-nos do empenho da Tia Albina que desejava uma oliveira junto do portão de entrada da casa, como sinal de Paz, houve mais do que uma tentativa da nossa parte mas as oliveiras não gostam da sombra das outras árvores e ficam tristes... A que o senhor Valentim ofereceu tarda em crescer!...

e. É possível que medrasse com dificuldade a oliveira, em algum quintal da Gafanha, e até teimasse mostrar algumas azeitonas (verdes e azedas) que para nós eram balas polidas para os nossos tiroteios, os marotos!

i. É uma árvore que raramente ultrapassa os dez metros de altura ... Porém, as raízes poderosas e compridas podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.

o. O azeite, quem o não sabe?, é óleo indispensável e insubstituível na culinária. Também possui propriedades diuréticas, laxantes e emolientes.
Não é hábito falarmos da arte do albitário mas hoje gostaria de vos dar uma dica que se poderá revelar muito útil nestes tempos de voltar às origens. É assim: quando um galináceo aparecia com gogo, a Tia Maria José sentava-o no colo, abria-lhe o bico e... aí vai disto, despejava uma colherada de azeite pelas goelas abaixo da ave que melhorava e, e mais tarde, (quem sabe se por virtude da qualidade do óleo...) dava uma rica canja.

Revolução na Igreja Católica em Portugal

Por António Marujo


Presidência do episcopado pode ir para bispo do Porto. Patriarca só deverá sair em 2013. Cinco dioceses com mudanças anunciadas. Uma pequena revolução no catolicismo português


Cardeais e Bispos (Foto do PÚBLICO)


Um ano de mudanças profundas no topo da hierarquia católica marcará 2011. Substituições de bispos anunciadas em várias dioceses (com Lisboa e Coimbra à cabeça) acontecerão a par de diversas iniciativas que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou e que pretendem, até final do ano, redefinir dinâmicas e estruturas da Igreja Católica em Portugal.
No início de Maio, renova-se a presidência da Conferência Episcopal Portuguesa: D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, foi eleito pela primeira vez para o cargo em 2005, chegando em Abril ao fim do segundo mandato, não podendo ser reconduzido.
O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pode vir a ser o próximo presidente da CEP. Assim ele o queira. Há três anos, o próprio recusou ser vice-presidente, depois de inicialmente apontado numa votação indicativa dos seus pares, argumentando com a recente chegada ao Porto e a imensidão da tarefa de adaptação.

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Ler mais em A Igreja sabe o que quer?, comentário de António Marujo

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Caminho do Natal

O nosso Menino Jesus

O Pai Natal não teve lugar à nossa mesa

Encontro

Numa antecipação marcada pela vivência natalícia de décadas, felizmente sempre no seio da família, é saboroso perspectivar o NATAL de 2010 com muito de bom que há-de ficar na história pessoal de cada um. O tempo de crise, a vários níveis, acicatou cada um a descobrir formas e estilos de vida mais solidários.
O encontro adivinhado na casa-mãe, com todos os membros da família a partilharem as alegrias próprias da quadra, onde os desejos de uma felicidade abençoada pelo Menino-Deus se pressente nos olhares de todos, é sinal de que tudo se conjuga para se reforçar o laço da ternura que almejamos.
Por momentos, deixámos à porta da noite santa as políticas e as dificuldades próprias, para acolhermos com carinho o que de bom vivemos, quantas vezes experimentando novas emoções, na alegria vivida pelos mais novos ao atingirem metas marcantes no ano prestes a fechar o portão da entrada. Entraram ainda, no alvoroço da hora que se aproxima, as memórias dos que têm lugar cativo nos nossos corações.

Aperitivos

Na hora dos aperitivos lá estão, efusivos, os cumprimentos afectuosos, como se não nos víssemos há muito tempo. Uma ou outra queixita, mais dos menos jovens, gestos carinhosos dos mais sensíveis, palavras amigas de circunstância, uma ou outra recordação de tempos idos, um olhar ternurento para o Presépio que vem dos avós. Ao lado, para as bandas da cozinha, atarefados, lá estão quem assumiu os preparativos finais por que todos esperam. Mesa posta, pratos e talheres de festa, tudo enfeitado como manda a tradição, o Menino-Jesus contempla, enternecido, no seu silêncio que tanto nos diz, a harmonia familiar. Estou em crer que chega mesmo a cirandar à nossa volta, apanhando-nos distraídos, ouvindo sorridente o que cada um diz… e pensa. Tudo se conjuga para que o NATAL de 2010 seja o reflexo do espírito que a Igreja nos tem ensinado a viver, não apenas nesta quadra, mas durante toda a vida.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Faleceu o António Morais

Faleceu, esta noite, no Lar Nossa Senhora da Nazaré, o António Morais. Tinha 67 anos e estava profundamente ligado à comunidade paroquial, de que foi um empenhado colaborador. Estava muito doente, mas nunca perdeu a sua ligação a Deus e a Nossa Senhora, de quem era muito devoto.
O António Morais veio para a Gafanha da Nazaré com os pais e irmãos, em 1953, para explorarem uma padaria na Cale da Vila, que ficou a ser conhecida, até hoje, por Padaria do Morais. Casou e teve um filho, Marco António, que trabalha no aeroporto da Madeira.
Na década de 70 do século passado, o António Morais emigrou para o Brasil, de onde regressou, mais tarde, para retomar a actividade na padaria dos pais, que entretanto foi vendida. Nessa altura, dedicou-se à mediação imobiliária, durante algum tempo. Depois, deixou oficialmente essa ocupação, entregando-se a tempo inteiro à Igreja Católica, onde protagonizou uma intervenção muito intensa. Também ajudava quem o procurava na compra e venda de prédios rústicos e urbanos.
O António Morais fazia parte de diversas Irmandades (Nossa Senhora da Nazaré, Santíssimo Sacramento e Almas e S. Pedro) e do Apostolado de Oração. Participou com assiduidade nos Grupos Bíblicos, fez parte das Comissões Fabriqueira e da Construção do Lar de Nossa Senhora da Nazaré e colaborou, sempre que solicitado, com a Conferência de S. Vicente de Paulo e Obra da Providência. Assumiu, também, a missão de Ministro Extraordinário da Comunhão.
Como era uma pessoa bem relacionada e com vastos conhecimentos na região, passou a ser solicitado para cooperar nas obras relacionadas com a Igreja. Esteve na construção da Igreja da Barra e do Stella Maris, nos trabalhos em Schoenstatt e na própria igreja matriz.
O Morais participava na missa diariamente e as suas leituras voltaram-se, provavelmente em exclusividade, para a área espiritual e devocional, tendo Nossa Senhora como sua predilecta. Vivia e respirava à sombra da Igreja, preocupando-se grandemente com os problemas da comunidade paroquial, enquanto se sentia muito feliz com tudo o que de bom acontecia. Do mesmo modo, nunca deixou de marcar presença em actos ou cerimónias de âmbito diocesano.
O Morais, como era tratado pelos seus muitos amigos, deixou-nos, com a certeza de que outra vida o espera, e onde já está, sem sofrimento nem angústias, sem lutas nem preocupações. Agora, no seio de Deus.
O funeral será amanhã, sexta-feira, pelas 15 horas, para o cemitério da Gafanha da Nazaré.

Fernando Martins

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 216

NATAL- 2010



FIGURAS DO MEU PRESÉPIO



Eis o que diz o Senhor:

«Sairá um ramo do tronco de Jessé
e um rebento brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o Espírito do Senhor:
espírito de sabedoria e de inteligência,
espírito de conselho e de fortaleza,
espírito de conhecimento e de temor de Deus.»

Do Livro de Isaías



Caríssima/o:

Armar o Presépio com os netos é tarefa sempre nova e interpelante; cada ano traz novos motivos de interesse na escolha das figuras que vamos colocar.
Este ano, indo pelo quintal além, encontramos logo, mal pomos o pé de fora, no carreiro, o senhor José Araújo, amigo de longa data e que já ultrapassou a fasquia do centenário. Lá se ocupava no quintal do filho a preparar o terreno, a fazer as plantações; ele sachava, regava, afagava e conversava com as suas plantas. Claro que isto nada seria de extraordinário não se desse o caso de o senhor José ser cego e surdo! Parece que ainda o estou a ver com minha Mulher a colher umas uvas para a mesa:

O saco está cheio, mas vamos acolá que aquelas são especiais.
Fazendo linha recta, apalpou e cortou os cachos que tinham uns bagos deliciosos.
Pois ali fica, bom Amigo!

Figura franzina que nos dava o prazer e a alegria de nos receber no seu Convento no dia de Natal; a espera tornava-se-lhe pesada e se nos demorávamos telefonava a perguntar se tudo estava bem, que não nos distraíssemos, o chá arrefecia. Mas este não era seco, acompanhavam-no bolos de três assobios (daqueles que só os fogões das freiras sabem preparar...). Nunca nos despedíamos sem que ela nos entregasse uns mimos da horta e a prová-lo estão os chuchus que colhemos no nosso quintal este ano e são trinetos dos que nos ofereceu um Natal a Prima Graça.
Sentemo-la ali à sombra e o ar ficará mais encantador com o seu sorriso.

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