sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Poesia nos jornais... Para quando?


Teus brincos dançam se voltas
A cabeça a perguntar.
São como andorinhas soltas
Que inda não sabem voar.

Fernando Pessoa


Sou do tempo em que os jornais publicavam poesia com alguma regularidade. Um cantinho bastava para oferecerem aos seus leitores uns poemas, normalmente curtos, para serem lidos de imediato. Eram poemas que nem sempre voltavam a ver a luz do dia e que tinham vida, por isso, de apenas umas horas. Nos semanários uma semana.

Um poema, no meio de notícias frias e nem sempre agradáveis, era como um ramo de flores, que nos ofereciam, e ainda oferecem,  em dias marcantes, e donde nunca retirávamos os olhos enquanto as suas cores e perfumes perdurassem.

Hoje, infelizmente, a poesia quase foi expulsa dos nossos jornais. E não há por aí tanta gente jovem e menos jovem ávida de mostrar a sua sensibilidade poética? Claro que estamos sempre a tempo de se reatar a antiga tradição de os jornais partilharem uns poemas, no meio de tantos cardos que dia a dia publicam. Mas há quem já o faça. Para esses os meus parabéns.

FM

Cuidados com os nomes que se escolhem para os bebés

Nomes bizarros

O jornal i publicou na quarta-feira um trabalho jornalístico sobre os nomes dados aos bebés. Diz, com razão, que há nomes bizarros que podem marcar as pessoas para toda a vida.
Hoje divulgou o melhor comentário que lhe foi enviado, por Maria Helena. Aqui fica ele:

O melhor comentário

“Concordo inteiramente com o cuidado que se deve ter com o nome que se dá aos nossos filhos. Durante a minha actividade como professora deparei-me com nomes horríveis de alguns alunos que, sofriam imenso com os comentários dos colegas. Há tantos nomes portugueses lindos, que me parece ser inadmissível que se recorra a nomes de telenovelas e não só, que nada têm a ver com a nossa cultura e que marcam de modo irreversível quem teve o azar de os ter.(...) ”

por Maria Helena

Na era da crença descafeinada



O cristianismo nasceu como uma comunidade de excluídos, na linha dos grupos excêntricos, e a verdadeira desconexão cristã “não é uma atitude de contemplação interior, mas a de um trabalho activo de amor que conduz necessariamente à criação de uma comunidade alternativa”.


José Tolentino Mendonça

Leia todo o texto aqui

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Concurso de Bandas de Aveiro



No próximo sábado, dia 26 de Setembro, às 19 horas, vai decorrer o Concurso de Bandas de Aveiro 2009, no Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.

Bento XVI aceitou convite de Cavaco Silva


Cavaco Silva com Bento XVI
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Bento XVI visita Portugal
no dia 13 de Maio de 2010
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Segundo nota da Presidência da República, Bento XVI aceitou o convite feito pelo Presidente Cavaco Silva para visitar Portugal, pela primeira vez, em Maio de 2010, para presidir às cerimónias de 13 de Maio, em Fátima. Diz a nota:
"Sua Santidade o Papa Bento XVI efectuará uma visita a Portugal no próximo ano, em resposta ao convite que lhe foi endereçado pelo Presidente da República. Para lá do programa oficial, Sua Santidade o Papa Bento XVI deslocar-se-á ao Santuário Mariano de Fátima, onde presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio."

Para uma vida mais feliz




Pôr Humor na Oração

(...)
Por vezes a nossa oração é demasiado séria. É muito importante que ela se deixe atravessar pelo humor. Aprender a rezar com Sara e Abraão, com estes dois, é aprender a rezar com os nossos risos, com os nossos impasses e descrenças, com esta espécie de jogo bem-humorado que a oração introduz. Há uma desproporção tão grande entre o céu e a terra, entre a fidelidade de Deus e a nossa fragilidade que, depois de tudo e através de tudo só o sorriso de Deus estampado no nosso rosto pode fazer a diferença. Por alguma razão o Pai do filho pródigo faz com que a sua casa se ilumine com músicas e danças (Lucas 15, 25).

José Tolentino Mendonça

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Crónica de um Professor



O Outono

O Verão, esmorecido,
Do Outono se despediu!
Agora, outro colorido
A Natureza vestiu!

O Outono pachorrento
Com seus matizes de cor
Abre a porta, à chuva, ao vento
E à paleta do pintor!

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Este ano, o Outono chegou, suavemente, sem se ter feito anunciar por nenhum cataclismo meteorológico. Uma temperatura amena, muito agradável, tem presenteado aqueles que se deslocam, para estas paragens nas suas obrigações profissionais. Os resquícios de um Verão moribundo, a teimar em lembrar-nos as férias passadas e já gozadas, numa saudosa recordação.

No nosso clima temperado, com marcada influência atlântica, temos a sorte de assistir a uma transição suave entre as várias estações do ano, apesar de essa passagem ser cada vez mais diluída. As consequências nefastas do aquecimento global, resultantes do efeito de estufa, estão aí, bem patentes nas alterações climáticas que afectam o planeta. Não há uma separação nítida entre as quatro estações e por vezes acontecem fenómenos desgarrados, em épocas inadequadas.

Mas o Outono entrou no calendário e alguns sinais típicos desta estação, já se fizeram sentir. As primeiras aragens frescas com arrefecimento nocturno acentuado, o início do cair da folha.

Por alguma razão de sentido, chamam os Americanos, de forma poética, ao Outono, The Fall! A canção dos verdes anos, de 1970, “,Spring Summer Winter and Fall” cantada por Demis Roussos e sua banda, é uma nota nostálgica nesta estação que ora iniciámos.

É neste prelúdio de cor, que a natureza começa a vestir-se de tons dourados, acobreados e ocres, ostentando um manto de tons quentes e apelativos.

Desde cedo que fui ouvindo falar da magia do Outono, em que os artistas encontram a sua inspiração máxima. Pintores, poetas e pessoas comuns sentem esse envolvimento e esse chamamento à reflexão, à meditação numa nostalgia que, por vezes, é avassaladora.

É a altura em que o aconchego do lar tem mais pertinência e as pessoas se congregam em convívios familiares, e/ou tertúlias, em que tudo serve de pretexto para um apetecível serão, à lareira!

E... com o Outono chegam as saborosas e sempre bem acolhidas castanhas, expoente máximo da gastronomia sazonal. “Quentes e boas” é o pregão que se ouve, nas nossas ruas, ao entardecer, aliado a um aroma adocicado e quente que perfuma a atmosfera que respiramos.

Com o recolhimento antecipado, pela diminuição crescente dos dias, saboreia-se mais o conforto do lar e o convívio em família.

O homem, que neste contexto, segue o exemplo da formiga laboriosa, também se esfalfa no Verão, para usufruir na estação mais dura, o conforto e a paz do seu lar!

E vivam os serões, em boa companhia, a degustar castanhas assadas e a declamar os poetas da nossa preferência!

Mº Donzília Almeida

23.09.09