DIETAS
A moda das dietas, para tudo e mais alguma coisa, reaparece, com mais força, no Verão. Nesta altura, mais por motivos de estética e para não parecer mal na praia. Não vejo nenhum mal nisso. Mas como a saúde sofre com uma alimentação errada, as dietas também fazem parte, hoje e durante todo o ano, das recomendações médicas. Só que, às vezes, ficamos baralhados, com certas contradições. O que uns recomendam, outros condenam.
Há tempos, três especialistas colaboraram com uma revista, cada um deles explicando, grosso modo, o seu método. E os três tentaram explicar as razões das suas opções, que não coincidiam em vários pontos. O que um condenava o outro considerava normal ou importante.
No final, cheguei à conclusão de que o problema está em cada um nós e que se resume em comer pouco e várias vezes por dia, não abusando daquilo que toda a gente diz que faz mal, controlando o apetite e optando por alimentos variados e o mais naturais possível.
No PÚBICO de hoje, a jornalista de serviço e especialistas em questões científicas, Ana Gerschenfeld, recomenda uma “Dieta da idade da pedra”, como a mais saudável.
Diz assim:
Dieta da idade da pedra
“Toda a gente sabe: um dos flagelos do mundo ocidental, num futuro que já é presente, serão as doenças ligadas à alimentação - a diabetes e o seu cortejo de complicações graves. Mas afinal qual é a dieta mais saudável? Não é bem a mediterrânica, respondem cientistas da Universidade de Lund, na Suécia; é a dos homens e mulheres da Idade da Pedra. No primeiro estudo deste género no ser humano, pediram a 14 pessoas para adoptarem uma dieta "paleolítica": fruta, legumes, nozes, carne magra, peixe, evitando o sal. A outros 15, aconselharam uma dieta de tipo "mediterrânica prudente" - à base de flocos integrais, lacticínios com baixo teor de gordura, fruta, legumes e gorduras saudáveis como o azeite. Mediram os picos de açúcar no sangue após a ingestão de hidratos de carbono, que quando são acentuados indicam uma "intolerância à glucose", sintoma precursor da diabetes. Passados três meses, o principal resultado, refere um comunicado, foi que esses picos tinham diminuído marcadamente no grupo Paleolítico, mas não no Mediterrânico. Ou seja: mesmo os cereais e os lacticínios deveriam fazer parte dos alimentos a evitar.”