sábado, 21 de janeiro de 2006

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

Falar
em público
O sistema de ensino português tem lacunas graves e não são apenas aquelas que nos habituámos a enunciar. Todos sabemos que a Matemática e a Língua Portuguesa são dois quebra-cabeças complicados e que os programas são excessivamente extensos ou demasiado condensados.
O meio-termo não existe e nem sempre o bom-senso impera, porque existem muitas condicionantes dentro e fora das escolas. Acontece que, para além das dificuldades clássicas do sistema, existem alguns vazios por preencher; e um deles é seguramente o da comunicação. Explico melhor.
Não existe nas salas de aula um espaço exclusivamente dedicado à troca de ideias, ao ensaio do debate ou ao treino da argumentação; e também não existe nas escolas portuguesas um tempo unicamente dedicado ao exercício da polémica.Ao contrário do que é comum nas escolas inglesa, francesa e alemã (para dar apenas três exemplos próximos), onde há disciplinas de recitation, treino e improviso retórico, o sistema escolar português não aposta na capacidade de comunicação dos seus alunos.
Ora uma criança ou um adolescente que não aprende a falar em público, que não está habituado a expor as suas ideias perante os outros, que não treina a sua capacidade de argumentação, que não é estimulado no diálogo e é permanentemente poupado ao confronto verbal, é alguém que corre o risco de ficar para sempre amputado de uma faculdade essencial.
Saber comunicar não é um dom de poucos, mas antes um direito e um dever de todos.
Aprender a falar em público, seja perante a turma na sala de aulas ou numa plateia de especialistas, é fundamental, pois não basta ter boas ideias, é preciso saber comunicá-las. Acontece com demasiada frequência ouvir um conferencista falar e perceber que, apesar do empenho e esforço, não consegue prender a audiência, por não ser suficientemente claro ou assertivo. Pior, muitos profissionais que não foram preparados para falar em público têm sérias dificuldades em expor as suas ideias em reuniões de trabalho e em marcar o seu ponto de vista perante os pares ou a hierarquia. E, no entanto, muitos são excelentes profissionais. Ou seja, conhecem a teoria e sabem aplicá-la na prática mas não sabem expô-la e, muito menos, sintetizá-la.
A capacidade de sintese é outra característica que a maior parte dos portugueses não possui. Muitos alongam-se demasiado e não chegam ao essencial da questão. Outros dispersam-se e outros, ainda, perdem-se na argumentação, enredando-se em mil e uma coisas completamente acessórias e dispensáveis.
Por tudo isto e porque em matéria de comunicação (como em tudo na vida) ninguém nasce ensinado, valia a pena pensar no assunto e rever os currículos escolares na próxima reforma do ensino.

TELEVISÕES CATÓLICAS

Vaticano quer «rede mundial» de televisões católicas
O Vaticano manifestou hoje a intenção de promover uma melhore coordenação entre as televisões católicas de todo o mundo, de modo a fazer face às exigências de meios e de profissionalismo. O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, D. John Patrick Foley, defendeu a criação de um “fórum” de canais católicos, deixando votos de que estas televisões se transformem no “sistema nervoso da Igreja” e sejam capazes de “informar” sobre a mesma.
O membro da Cúria Romana desafiou as televisões católicas a “atingir a melhor qualidade” possível. “Não existe outro sector como o televisivo em que haja necessidade de uma rede, de forma a que a programação comum seja oferecida em todo o mundo, a formação profissional seja oferecida numa base internacional e as ideias sobre os programas sejam partilhadas”, apontou.
As propostas foram lançadas em Roma, durante a segunda reunião do comité organizador do Congresso Mundial das televisões católicas. O evento terá lugar em Madrid, no próximo mês de Outubro.“Um dos problemas do mundo é que há – graças a Deus – muitas iniciativas de televisões católicas, mas muitas vezes não há recursos suficientes para a programação, não há meios económicos ou pessoal especializado para mantê-las em actividade”, frisou o Arcebispo Foley.
Para o prelado norte-americano, seria uma “boa ideia” responder a pedidos que têm chegado de todo o mundo e “criar um fórum, para projectar e também ajudar a colocar em prática a coordenação e a cooperação” entre essas televisões.Essa “rede” mundial deveria oferecer uma programação de qualidade em todos os países e melhorar a formação profissional dos operadores televisivos católicos.
“Se os nossos esforços são pobres e pouco profissionais, aquilo em que acreditamos pode parecer de pouco valor e, paradoxalmente, pomos Deus a fazer uma fraca figura”, alertou D. John P. Foley.
Fonte: Ecclesia

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

AVEIRO: FEIRA DAS VELHARIAS

Posted by Picasa
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FEIRA DAS VELHARIAS
– 22 DEJANEIRO 2006
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A Feira das Velharias vai ter lugar no próximo domingo, dia 22 de Janeiro, das 8 às 18 Horas, na Praça Melo Freitas, na Praça do Peixe, na Praça 14 de Julho e na Rua Tenente Resende.
Ao quarto domingo de cada mês, a Feira das Velharias toma conta de Aveiro onde é possível adquirir os mais variados tipos de objectos que, actualmente, já não se encontram nos estabelecimentos comerciais.
Assim, os selos, os livros, os discos em vinil, os candeeiros, os móveis, os têxteis, entre outros, apresentam-se a todos os aveirenses no centro da cidade.
Fonte: "Site" da CMA

CITAÇÃO

O Que Une os Homens? "Os homens têm tanta dificuldade para se aproximar quando tratam de negócios, são tão espinhosos quanto aos menores interesses, tão eriçados de dificuldades, querem tanto enganar e tão pouco ser enganados, dão tanto valor ao que lhes pertence e tão pouco valor ao que pertence aos outros, que confesso que não sei por onde e como conseguem concluir casamentos, contratos, aquisições, a paz, a trégua, os tratados, as alianças." : Jean de La Bruyére, in 'Do Homem' : In "Citador"

20 000 ENTRADAS NO PELA POSITIVA

Hoje, o meu blogue registou a entrada número 20 000. Não será muito no mundo da blogosfera, em pouco mais de um ano, se tivermos em conta outros blogues, sobretudo os que apostam no desporto, na política como prioridade, na maledicência e na crítica azeda contra tudo e contra todos. Apostei em textos e opiniões pela positiva, porque me pareceu que essas seriam opções que casavam bem com a minha maneira de ser, de pensar e de estar na vida. E assim continuarei. Só tenho pena de uma coisa: quando peço colaboração a pessoas que podiam partilhar com os outros as suas ideias e os seus projectos de vida, alicerçados no bem, normalmente ouço promessas que nem sempre se concretizam. De qualquer modo, aqui ficam os meus agradecimentos a quantos, semana após semana, dão o seu precioso contributo ao meu blogue. Fernando Martins

Um artigo de Sílvio Couto

A abstenção será sintoma
de cobardia...política?
Segundo as perspectivas mais fiáveis as eleições do próximo dia 22 para o Presidente da República serão as últimas dum ciclo desgastante e pelo espaço de três a quatro anos subsequentes. Só lá para meados de 2008 – se tudo correr nos conformes – seremos chamados a votar. Por isso, este acto eleitoral será para muitos votantes um momento de expressão de cidadania consciente, irrepetível e talvez único.
Quem tiver estado mais ou menos atento aos últimos actos eleitorais – europeias, legislativas ou autárquicas – ter-se-á apercebido da crescente onda do sector da abstenção. Bastará atender a que houve presidentes de câmara que foram eleitos com a abstenção superior a sessenta por cento dos eleitores recenseados. Mesmo que tenham sido vencedores – nalguns casos em repetidas reeleições – só o foram por uma imensa minoria, que se deu ao cuidado de ir votar. No entanto, nada (ou muito pouco) garante que esses faltosos não sejam dos que mais reclamam, posteriormente, em questões de foro pessoal, social ou sectorial.
Deste modo qual a diferença entre votar ou abster-se, se todos entram na mesma bitola de reivindicação de direitos, embora não tenham exercido os seus deveres? Com efeito, parece-nos que são episódios deste teor que vão rotulando os ‘políticos de todos iguais’, misturando os competentes com os oportunistas, os legítimos com os legitimados e, por vezes, os caciques com os verdadeiros... servidores do povo.
Ora – mesmo que não tenha incidência nesta eleição presidencial – está a chegar a hora de ter coragem de mudar as regras, amadurecendo os erros, corrigindo as lacunas e responsabilizando todos quantos se reclamam de cidadãos, tanto eleitos como eleitores.
* Urge tornar o voto obrigatório, sendo mesmo penalizados os faltosos, através de cortes em regalias sociais, em matérias de saúde ou mesmo em reformas e ‘direitos adquiridos’.
* Urge incentivar a participação activa dos mais competentes, excluindo as clientelas dos partidos e os lóbis de sectores interessados nas decisões públicas.
* Urge atrair para a vida política os mais capazes (intelectual, humana e honestamente), expulsando quem não presta, mas que, por vezes, se faz pagar como coisa credível.
Na medida em que for diminuindo a abstenção – por convicção ou criando-lhes obstáculos efectivos – melhor qualidade de democracia teremos. Quem não deve não teme. Neste caso temer poderá parecer derrota para as próximas gerações.
Só pela exigência é que poderemos acreditar no futuro.
Portugal merece.
Fonte: Ecclesia

VALÊNCIA: V ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

.. Palco de 2.500 metros

espera o Papa em Valência ..

Bento XVI presidirá aos actos centrais do V Encontro Mundial das Famílias, em Valência, no próximo mês de Julho, desde um palco de 2.500 metros quadrados de superfície. O espaço está preparado para acolher cerca de três mil concelebrantes na eucaristia conclusiva. O conjunto, que inclui uma cruz luminosa de 35 metros de altura, ficará situado sobre a ponte de Monteolivete, estando ainda a ser preparado um espaço suficiente para poder acolher mais de um milhão de peregrinos, segundo a agência de notícias da diocese espanhola, AVAN. O arquitecto valenciano Juan Pablo Mas, de 46 anos, autor do projecto, apresentou esta semana, em conferência de imprensa, a maquete do altar e o estrado principal. O palco foi configurado como uma série de planos escalonados, enlaçados por rampas suaves ascendentes que culminarão num superfície plana de 500 metros quadrados, elevada 2,6 metros sobre a ponte de Monteolivete, na que se alçará o altar, protegido por uma cobertura, a 9 metros de altura sobre ele.

Cruz de 35 metros

guia os peregrinos ..

Neste projecto, “como elemento singular, será instalada uma torre-meta, de planta quadrada, que servirá de referência visual aos peregrinos”. Trata-se de um “prisma limpo” de 35 metros de altura, com uma incisão em forma de cruz, na parte superior de cada um de seus lados, “que será visível durante o dia e, à noite, se converterá numa cruz luminosa que guie e oriente aos peregrinos”, explicou Juan Pablo Mas. Para o estilo do conjunto, “apostamos numa arquitectura caracterizada pela sua sobriedade e singeleza”, acrescentou o arquitecto.

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Fonte: Ecclesia

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