sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
20 000 ENTRADAS NO PELA POSITIVA
Um artigo de Sílvio Couto
VALÊNCIA: V ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS
espera o Papa em Valência ..
Bento XVI presidirá aos actos centrais do V Encontro Mundial das Famílias, em Valência, no próximo mês de Julho, desde um palco de 2.500 metros quadrados de superfície. O espaço está preparado para acolher cerca de três mil concelebrantes na eucaristia conclusiva. O conjunto, que inclui uma cruz luminosa de 35 metros de altura, ficará situado sobre a ponte de Monteolivete, estando ainda a ser preparado um espaço suficiente para poder acolher mais de um milhão de peregrinos, segundo a agência de notícias da diocese espanhola, AVAN. O arquitecto valenciano Juan Pablo Mas, de 46 anos, autor do projecto, apresentou esta semana, em conferência de imprensa, a maquete do altar e o estrado principal. O palco foi configurado como uma série de planos escalonados, enlaçados por rampas suaves ascendentes que culminarão num superfície plana de 500 metros quadrados, elevada 2,6 metros sobre a ponte de Monteolivete, na que se alçará o altar, protegido por uma cobertura, a 9 metros de altura sobre ele.
Cruz de 35 metros
guia os peregrinos ..
Neste projecto, “como elemento singular, será instalada uma torre-meta, de planta quadrada, que servirá de referência visual aos peregrinos”. Trata-se de um “prisma limpo” de 35 metros de altura, com uma incisão em forma de cruz, na parte superior de cada um de seus lados, “que será visível durante o dia e, à noite, se converterá numa cruz luminosa que guie e oriente aos peregrinos”, explicou Juan Pablo Mas. Para o estilo do conjunto, “apostamos numa arquitectura caracterizada pela sua sobriedade e singeleza”, acrescentou o arquitecto.
:
Fonte: Ecclesia
Pintura de Paul Cézanne
ECUMENISMO
MÚSICA PORTUGUESA NAS RÁDIOS
Um artigo de D. António Marcelino
olitaram de bom grado os reis nus.
Democracia não é orgulho, nem irreverência, nem intoxicação do povo, nem menosprezo de quem quer que seja, nem cegueira por um projecto pessoal que impede ver o que de bom há nos outros.
Numa ida recente a Itália trouxe comigo um livro “Dizionario della Democrazia” que acabava de ser publicado e cujo autor é Carlos Azeglio Ciampi, actual Presidente da República daquele país. A obra recolhe, criteriosamente, in-tervenções e escritos do Presidente, uma autêntica magistratura de formação e informação dos cidadãos, como contributo para uma acção esclarecida nos diversos campos em que a participação democrática é fundamental, para que o bem de todos seja preocupação e esforço de todos. Não resisto a uma breve citação, que pode lançar alguma luz sobre o que de pouco democrático presenciamos na recente campanha: “ Os ideais de liberdade e de democracia, ancorados na matriz humanista e cristã da civilização europeia, inspiração para gerações de pensadores italianos e alemães, sobreviveram ao desígnio do poder que humilhava a civilização ocidental. São ideais que permanecem referências constantes; guiaram na rebelião contra os horrores dos totalitarismos e dos nacionalismos, na reconquista da liberdade, da democracia, da paz, da dignidade humana.”(Julho de 2003)
Vou-me convencendo que a “cultura” que, lamentavelmente, não respeita as pessoas e os princípios de convivência sadia, pode coexistir com grandes bibliotecas pessoais, discursos inflamados sobre direitos humanos e visões do mundo, conhecimentos e amizades que enriquecem o palmarés de quem é ou se julga socialmente notável.
Proclamações públicas de democracia não dispensam testemunhos de vida democrática que toda a gente possa entender, de modo a sentir-se motivado a andar por igual caminho. O contrário de tudo isto, é provocar o retrocesso social que garante apenas a alguns, no presente e no futuro, um lugar ao sol.




