quinta-feira, 15 de setembro de 2005

TURQUIA CONVIDA O PAPA PARA UMA VISITA

Posted by Picasa Bento XVI
Papa convidado a visitar um país de maioria muçulmana
A Turquia, de maioria muçulmana e nação candidata a ingressar na União Europeia, anunciou hoje ter convidado o Papa Bento XVI para uma visita ao país no próximo ano, na sequência de um desejo expresso pelo Vaticano de que o Sumo Pontífice pudesse estar presente num festival cristão agendado para Novembro, em Istambul. O Patriarca Bartolomeu, líder da Igreja Ortodoxa, tinha já convidado Bento XIV para estar, a 30 de Novembro, nas festas do Dia de Santo André, em Istambul, mas segundo a imprensa turca, as autoridades não concordavam com o "timing" para a visita."O Presidente convidou o Papa Bento XVI para uma visita oficial à Turquia em 2006", indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros turco. Se o líder católico aceitar o convite, tornar-se-á o segundo Papa a visitar a Turquia, depois da visita de João Paulo II em 1979.
Antes de se tornar Papa, o cardeal Ratzinger tinha manifestado publicamente a sua oposição à entrada da Turquia na União Europeia porque o Islão, dominante naquele país (99 por cento da população), tem uma cultura diferente da Europa, maioritariamente cristã.
No seu comunicado, a Turquia indica que a visita papal permitira a Bento XVI observar "o actual ambiente de tolerância intercultural na Turquia, baseado em liberdades fundamentais individuais".
Fonte: Jornal "PÚBLICO"

Jornadas Missionárias

Igreja em Portugal perdeu dimensão missionária?
A paixão missionária que levou os portugueses a anunciar o Evangelho nos quatro cantos do mundo, ao longo de séculos, estará a desaparecer? A questão passa pela cabeça de muitas pessoas e estará, certamente, sobre a mesa durante as próximas Jornadas Missionárias Nacionais que o Centro Paulo VI, em Fátima, vai acolher, de 16 a 18 de Setembro.
Reunidos em volta do tema “Eucaristia e Missão”, os participantes são convidados a reflectir sobre este binómio que marca a vida dos católicos, como explica à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Durães Barbosa, das Obras Missionárias Pontifícias.“Em Portugal, de maneira geral, a dimensão missionária não está muito explícita. O tema para o Outubro Missionário será, este ano, ‘Pão Repartido para o mundo’, procurando focar o aspecto de celebração que nos leva à partilha e à Missão”, afirma.“A vivência da Eucaristia leva à Missão, à dinâmica de levar Cristo Ressuscitado a todo o mundo, mas essa dimensão é muitas vezes esquecida por quem participa na Eucaristia”, acrescenta.
A escolha do tema, em Ano de Eucaristia e antes do Outubro missionário quer “levar as pessoas a reflectir sobre a importância da dimensão missionária da Igreja em Portugal”. À reflexão foi associado o Congresso Internacional da Nova Evangelização (ICNE), que Lisboa receberá no próximo mês de Novembro.Nesse sentido, foi pedida a D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar do Patriarcado, “uma reflexão sobre as implicações da celebração comunitária da Eucaristia num tipo novo de evangelização, não só no ICNE, mas também em todas as dioceses”.
“Esperamos que do conjunto das reflexões destas Jornadas Missionárias 2005 saia um conjunto de coordenadas e ideias-chave, que possam ajudar a Igreja em Portugal, indicando novos caminhos”, conclui o Pe. Durães Barbosa.

Dadores de Sangue em FÁTIMA

Posted by Picasa Nossa Senhora de Fátima 18 de Setembro - Domingo
Peregrinação Nacional dos Dadores Benévolos de Sangue No dia 18 de Setembro, Domingo, numa organização da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES), tem lugar em Fátima a peregrinação nacional dos dadores benévolos de sangue. O grupo, de mais de mil pessoas, participará na eucaristia dominical internacional, às 11 horas, no Recinto de Oração, presidida por D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo da Diocese de Leiria-Fátima.

Autarcas devem cumprir compromissos

A Associação Famílias escreve uma carta aberta aos candidatos autárquicos
“Promover medidas que favoreçam a conciliação entre o trabalho e a vida familiar” e “celebrar e/ou apoiar a celebração das grandes datas relacionadas com as Famílias: Dia do Pai, Dia da Mãe, Dia Internacional da Família e Dia Nacional dos Avós” – são duas medidas propostas pela Associação Famílias numa Carta aberta a todos os candidatos autárquicos.
Como se aproxima o período de campanha eleitoral, que culmina em 9 de Outubro com a (re)eleição de (novas) equipas de gestão das autarquias, este organismo sublinha na carta que espera “que os projectos sejam claros e os compromissos neles contidos sejam cumpridos. Por outro lado, o exercício consciente da cidadania pressupõe que os eleitores se informem e esclareçam antes do acto eleitoral. São estas duas condições essenciais da liberdade”.
Como instituição voltada para a Família, “sociedade anterior ao Estado e seu fundamento, queremos interpelar todos os interessados (Partidos, Coligações ou Independentes), a questionarem-se sobre qual o papel e importância que desejam atribuir às famílias, todas as famílias” – adianta. Para além das medidas referidas anteriormente, a Associação Famílias pede para que se apoie e incentive “a promoção de medidas de preparação para a conjugalidade e parentalidade”; crie “gabinetes de aconselhamento, orientação e mediação familiares”; “desenvolver projectos para a erradicação da pobreza” e “dar particular atenção para os gravíssimos problemas da habitação e desemprego”.
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Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa D. António Marcelino Inglês, computadores e valores
Os jornais informaram, abundantemente, que milhares de crianças do I ciclo irão, já neste ano lectivo, aprender inglês nas escolas. É também notícia que algumas autarquias equiparam com computadores os jardins de infância do concelho. Iniciativas positivas e de aplaudir.
A aprendizagem de línguas estrangeiras corresponde hoje a uma necessidade, mormente para as novas gerações. A língua inglesa, pela inovação tecnológica generalizada e a facilidade de contactos, dentro e fora o país, constitui uma riqueza que não se deve menosprezar. Por outro lado, a utilização das novas tecnologias ao nosso alcance, exige uma aprendizagem que se faz com maior êxito, logo a partir dos primeiros anos de escola. O acesso generalizado ao computador pode proporcionar a todos um enriquecimento, tanto para o processo educativo, como para a vida futura.Sem menosprezar estes meios com o seu mérito próprio, não obstante as dificuldades de aplicação em muitos casos, por deficiente conhecimento da realidade, o que acontece muitas vezes a quem manda de cima, o facto, em si positivo, permite, a propósito, algumas considerações.
Dada a nossa proverbial propensão para a superficialidade e o imediatismo, para o fascínio da novidade só porque é novidade e dado ainda o peso político destas medidas, há que ter presente que as coisas novas não valem por si, mas como meios orientados para um fim concreto. Tratando-se de crianças em período de formação, tudo o que é novo não pode deixar de se integrar no processo em curso e estar ao serviço de uma formação humana, harmónica e integral.
Estamos perante uma exigência do projecto educativo, que impõe aos responsáveis, ministério, professores e autarquias, olhar e ver para além da euforia do anúncio da aprendizagem temporã da língua inglesa e do uso generalizado do computador.
Há sempre que considerar que, na educação, há valores que não se dispensam na construção da pessoa. São como que a argamassa necessária para a coesão e a consistência do que se vai proporcionando na formação, a fim de que tudo se oriente no sentido de que a criança e, depois, o adolescente e o jovem venham a ser, a seu tempo, adultos equilibrados, sérios, socialmente integrados, responsáveis e participativos.
Não se pode esquecer que a valorização exagerada de alguns meios, pode levar a descuidar outros, a desequilibrar a harmonia, a não respeitar a integridade da pessoa.Muita gente nova move-se por emoções que tanto geram entusiasmo, como náusea e aversão. O que conta é o que se gosta; e raramente se gosta do que se deve. A educação, sabendo nós que pode haver mais propensão para um ou outro campo de aprendizagem, tem de ajudar a criança, desde o início, a entender a importância de todos os conteúdos temáticos, e a formar e desenvolver todas as faculdades: inteligência, vontade, memória, afectividade, sentido estético e crítico, capacidade de opção e de decisão, abertura natural ao transcendente… Há ainda que dar atenção ao respeito pelos outros, à criação de hábitos de trabalho, ao germinar perigoso do individualismo e da vaidade pessoal. Não se pode permitir que se sobreponha o uso acrítico dos meios que fascinam, à exigência dos valores, num processo educativo humano, sério e equilibrado.
A inovação na educação deve atender, antes de mais, aos educadores: ouvi-los, dar-lhes meios de preparação, proporcionar parceria com outros intervenientes no processo, ver com eles as vantagens e os possíveis desvios. Se estes se deixam contagiar pela euforia da novidade, ou se instalam, criticamente, nas dificuldades que advêm, nunca haverá bom aproveitamento dos meios. Inovar na educação não é o mesmo que inovar na tecnologia de uma empresa. Mas, num e noutro caso, tem de se saber estar e usar.

Fogos florestais: a solidariedade dos portugueses

Até ao momento a Cáritas já recebeu 165 908. 20 € para as vítimas dos incêndios
A Cáritas Portuguesa recolheu, até ao dia 14 de Setembro, em donativos para apoiar as vítimas dos incêndios, cerca de 165 908. 20 €. Os que desejarem colaborar, ainda poderão depositar o seu donativo em qualquer balcão da Caixa Geral de Depósitos, na conta n.º 0697602410830 e a designação de “Renascença Cáritas-Ajuda Portugal”. Esta campanha tem o seu término no próximo dia 31 de Outubro.
As Cáritas diocesanas, em conjunto com a Protecção Civil, estão a fazer o levantamento das necessidades e o que já foi aplicado.
Não atrase a sua ajuda.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Bagão Félix em entrevista ao "Voz Portucalense"

Posted by Picasa Bagão Félix O mercado de emprego em Portugal é muito rígido Só há sociedade com esperança quando baseada em princípios, regras e valores
António José de Castro Bagão Félix tem 57 anos e é casado, tem duas filhas e uma neta. É licenciado em Finanças, pelo ISCEF – Univ. Técnica de Lisboa. Entre 1970 e 73 cumpriu o serviço militar na Marinha. Foi Vice-Governador do Banco de Portugal, Director financeiro e Administrador de várias Companhias de Seguro, Administrador do BCI e Director-geral do BCP. Na actividade docente foi Assistente no ISCEF e no ISCTE e Professor Auxiliar Convidado na Univ. Internacional. Quanto à actividade política, antes de ser Ministro nos 15º e 16º Governos, foi Secretário de Estado da Segurança Social (6º,7º e 8º Governos), Deputado à Assembleia da República por Aveiro e Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde e Segurança Social, Deputado à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional (11º Governo).
Para além destas actividades, foi Membro da Ass. de Fundadores da Fundação Cidade de Lisboa, Presidente da Ass. Geral da União das Misericórdias, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Presidente do Cons. Fiscal do Banco Alimentar contra a Fome (Lisboa), Presidente do Cons. Fiscal da Caritas Portuguesa, Consultor da Conferência Episcopal Portuguesa (aspectos sociais e éticos) e Membro da Direcção da SEDES.
Tem ainda vários livros publicados (o último: “Do lado de cá, ao deus-dará”. Ed. 2002) e artigos editados.
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VP – Dado que vem ao Porto a 17 de Setembro participar numa Conferência, sobre o tema “O sentido genuíno da Caridade: perspectivas sociais”, pode já abrir-nos um horizonte em que consistirá essencialmente a sua abordagem?
Dr. António Bagão Félix (ABF) – Procurarei expressar a ideia de que a caridade, como a mais verdadeira expressão de amor social, é também a mais consistente com uma sociedade livre, responsável e baseada em valores.
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VP – Como é que vê e vive a crise que tanto se fala que Portugal está atravessar?
ABF – Há dois tipos de crise: a quantitativa e económica que espero possa ser superada pelo trabalho, e a qualitativa e de valores que, para mim, é a mais profunda e precisa de combate frontal. Só há sociedade com esperança quando baseada em princípios, regras e valores de trabalho, responsabilidade, respeito pela vida, primado da família e não dissolvida numa apologia do relativismo e minimalismo éticos.
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