sexta-feira, 29 de julho de 2005

Diocese de Aveiro: Jovens em férias missionárias

Missões, cá vamos nós!
Os jovens da diocese que vão viver uma experiência missionária durante o Verão estão de partida. Aliás, três já partiram em direcção ao Brasil, mais concretamente para Belém do Pará. O restante grupo viajará dentro de dias para Maputo, Moçambique, e depois será repartido por várias regiões desse país sul-africano.Num dos últimos sábados antes da partida, os “jovens missionários” reuniram-se no Centro Universitário para acertarem alguns pormenores e partilharem as actividades de animação missionária que desenvolveram em várias paróquias a propósito da experiência missionária que vão viver.
A Sónia é uma das jovens que vai para Moçambique. Em Lombomeão (Vagos), onde vive, participou num sarau missionário feito de testemunhos, uma encenação e uma apresentação multimédia sobre “Tanta coisa para fazer e tão pouco tempo”. “Eu disse ‘Vou partir’ e bateram-me palmas”, relata, impressionada com a sensibilidade e generosidade das pessoas que, num lugar pequeno, ofereceram mais de trezentos euros para as missões, na missa do domingo seguinte. Iniciativas similares ocorrerem em Covão do Lobo, de onde provém o jovem Víctor Miranda.
Na paróquia de Esgueira, que em Abril realizara um festival juvenil de música, dança e teatro sobre a missão, a sensibilização missionária centrou-se agora num encontro que reuniu jovens do 11o (ano do Crisma) e 12º anos e na “missa dos jovens” de sábado à tarde. Kátya e Catherine, as duas jovens desta paróquia que vão para Moçambique, referem que tiveram bom feed-back. “‘Vão e venham para nos contar’ – foi o que nos pediram, na missa”, diz Kátya. Catherine acrescenta: “Os miúdos ficaram muito entusiasmados. Pode ser que venham de lá mais missionários”.
Maria Machado não é da diocese de Aveiro, mas integra o grupo. Vive em S. João da Madeira (diocese do Porto), mas conheceu as experiências missionárias e o SDAM (Secretariado de Diocesano de Animação Missionária), que as promove, por frequentar a Universidade de Aveiro. Na sua terra, além de uma Eucaristia na véspera do dia do Corpo de Deus e um sarau missionário, houve um grupo que se voluntarioue recolheu fundos pelas empresas da região. Resultado: mais de dois mil euros para ajudar as missões.
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Pintura da Nadir Afonso

Posted by Picasa Áurea purpúrea Óleo sobre tela, sem data. 98x95,5 cm Colecção Fundação Nadir Afonso

REGATA DOS MOLICEIROS

Posted by Picasa MOLICEIROS unem a Torreira a Aveiro
Queremos lembrar que amanhã, sábado, 30 de Julho, se realiza mais uma edição da tradicional Regata dos Moliceiros, entre a Torreira e Aveiro. É uma oportunidade única para participar ou acompanhar esta corrida de Barcos Moliceiros e um momento de excepcional beleza.Este ano, o programa tem novos aspectos que pretendem trazer mais participação a esta festa dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro.
Participa na celebração religiosa e traz o teu barco à “cerimónia da Bênção das Embarcações”, vem degustar uma boa sardinhada ao almoço e um porco no espeto ao lanche, vem participar no foto-safari. Com início, amanhã, às 9.30 horas, na praia da Ria “Monte Branco”, meia milha a sul do café “Guedes”, na Torreira, vem fazer a tua inscrição e traz muitos amigos.
O convite da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro aqui fica, com votos de boa viagem.

quinta-feira, 28 de julho de 2005

Neste mar à minha frente...

Posted by Picasa Frederik Hendrik Kaemmerer Neste mar à minha frente / O sol repousa e os nossos olhos dormem... E este calor que dimana da terra e nos confunde com ela, Nos aquece as pernas de encontro à areia, numa vida exterior Com mais sangue que a nossa e, sobretudo, cheia Duma inconsciência que se não parece com nada, Esta respiração pausada como as ondas, de trás para diante Fazendo, lentas, e desfazendo A mesma curva, humaníssima e sensível, Faz-me escrever, devagar, e com letra de menino pequeno Sobre o chão acamado, esta palavra. AMOR. António Pedro (Foto e texto, In site da Comissão Episcopal da Cultura)

BENTO XVI: 100 dias à conquista da Igreja

Pontificado de continuidade cria expectativas positivas
Cumpriram-se 100 dias sobre a eleição de Bento XVI, a 19 de Abril, tempo mais que suficiente para que o Papa, que muitos classificavam como distante e frio, tenha sabido ganhar o carinho dos católicos.
As constantes referências a João Paulo II, o seu predecessor, ajudam a criar esse clima de simpatia, reforçado pela decisão de dispensar o período de espera de cinco anos para que se iniciasse o processo de beatificação. “Be-ne-de-tto!” é o grito que mais se tem ouvido nos seus encontros com os peregrinos, seja na Praça de São Pedro, seja na região alpina do Vale de Aosta, onde passa as suas férias até amanhã.
Estes dias deixaram claras as linhas mestras da acção de Bento XVI, que herda o pesado legado de João Paulo II, com os seus mais de 26 anos de pontificado. Numa atitude de continuidade, o Papa alemão tem apostado no ecumenismo, no diálogo inter-religioso e na construção da paz e da justiça como os seus principais compromissos.
Paz e unidade são, sem sombra de dúvida, as duas ideias chaves deste início de magistério do Papa Ratzinger, um homem que não abandonou a sua determinação na luta contra o relativismo “de um mundo ocidental cansado da sua própria cultura” (preocupação bem visível nos constantes apelos em defesa das raízes cristãs da Europa), mas que se apresenta mais capaz de fazer sínteses do que quando desempenhava funções como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
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Olha essas velhas árvores

Posted by Picasa Olha essas velhas árvores, mais belas Do que as árvores novas, mais amigas: Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras da idade e das procelas... Olavo Bilac

RIO VOUGA: Uma sugestão de passeio

 

  À PROCURA DO NOSSO RIO


Hoje,  proponho um passeio que tanto pode ser perto como longe. Sugiro que se parta à descoberta do nosso Rio Vouga, com paisagens deslumbrantes a desafiarem uma fuga ao stresse. Perto ou longe, ele está sempre à nossa espera para ser admirado e contemplado, sobretudo por olhos pouco habituados à natureza pura, que um rio como o Vouga ainda pode oferecer, por aqui e por ali.
Saia de casa sem meta à vista, para além do rio, e aprecie as belezas das margens do Vouga, que chega a Aveiro à procura do mar, onde quer dormir tranquilamente e tornar-se infinito. Ouça o marulhar cantante das cascatas e sinta o rio, ora apressado ora dorminhoco, à espera de ser mais cantado em prosa ou verso ou registado com cores de artista.
Leve máquina fotográfica, para mais tarde recordar, um caderno para registar um poema que o Vouga lhe possa inspirar, olhos para ver e a alma para ficar inebriada. Vá e não fique sempre agarrado à praia. Há muito mais que ver por aí.

Fernando Martins


Um poema de António Correia de Oliveira

RIO VOUGA

Rios do meu País, línguas de prata, 
Misteriosas bocas de verdura 
Onde sorri a graça das estrelas: 
Convosco falo eu que sei a língua 
Dessa íntima saudade, que é a vossa, 
Por ser a desta terra em que nascestes. ~
Mas só um, de entre vós, fala comigo: 
Só um sabe o meu mal, e o vai chorando 
Por entre as vivas fráguas que lho lembram. 
Só um, vendo cair as minhas lágrimas, 
As recolheu em si, piedosamente, 
Para as dar a beber aos arvoredos. 
E tardou seu andar, só para que elas 
Estrangeiras paisagens amargosas 
Não vissem, nem corressem pelos mares: 
Mas bebidas, assim, pelas raízes 
Florescessem na Terra dos Amores, 
E fossem parte dela eternamente.
Rios do meu País, milagres de água, 
Fundos olhos de moiras prisioneiras 
Entre sombrias árvores, olhando, 
Só um de vós viu já abrir meu peito: 
E, de falar comigo, sabe a lágrimas, 
Enrouqueceu a sua voz profunda, 
És tu, Vouga sagrado!
És tu, ó rio ~ Português de nascença, e até à morte, 
Figura da nossa alma derradeira. 

In Antologia