terça-feira, 19 de abril de 2005

Presidente da Junta da Gafanha da Nazaré fala ao Diário de Aveiro

::: «A nossa elevação a cidade está a ser positiva»
Manuel Serra, que cumpre o primeiro mandato à frente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, está apostado em desenvolver «um grande» Programa da Maioridade. Além da componente social, o autarca espera também ver concluídas algumas obras e assistir ao começo de outras ainda no decorrer deste mandatoQue evolução regista na Gafanha da Nazaré após ter sido elevada a cidade?As mudanças que se praticam numa elevação a cidade não podem serem referenciadas só pelo facto de sermos cidade ou vila. Essa categoria dá-nos uma responsabilidade e uma vontade de fazer as coisas com mais celeridade. Penso que esse é o conceito que tem de estar na base do nosso dia-a-dia e nos nossos trabalhos. Claro que, ao princípio houve muitos descrentes em relação a esta jovem elevação a cidade, mas com o tempo, temos constatado que foi positivo. As pessoas já inferem que a elevação a cidade nos traz mais responsabilidades, nomeadamente em termos ambientais, cívicos e sociais. Penso que a nossa elevação a cidade está a ser positiva para o desenvolvimento do dia-a-dia e até para as próprias intenções de trabalho e de orientação do nosso futuro.
(Para ler o texto na íntegra, clique Diário de Aveiro)

GAFANHA DA NAZARÉ: cidade há 4 anos

Jardim 31 de Agosto Lei nº 32/2001 eleva a Gafanha da Nazaré a cidade
Lei nº 32/2001, publicada no Diário da República de 12 de Julho de 2001, nº 160, série I-A, página 4230 Elevação da Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, à categoria de cidade A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161º da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo único A vila de Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, é elevada à categoria de cidade. Aprovada em 19 de Abril de 2001. O Presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos Promulgada em 7 de Junho de 2001. Publique-se. O Presidente da República, Jorge Sampaio. Referendada em 29 de Junho de 2001 O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres

DESPORTO NA GAFANHA DA NAZARÉ - 4

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Alguns nomes Em 1956 pouco restava destes três clubes amadores, a não ser o gosto pelo Futebol que eles souberam deixar como herança. Daí o viveiro de praticantes, alguns dos quais se impuseram mesmo a nível nacional, representando clubes da primeira divisão. Perdidos pelo tempo e pela nossa memória, ou mais ignorados, muitos outros jogaram em escalões inferiores, enquanto alguns, quando já eram certezas no mundo do desporto-rei, optaram por profissões mais estáveis ou emigraram. Para não nos tornarmos fastidiosos, apenas lembramos neste escrito, em jeito de parêntesis, os que, em nossa opinião, mas se evidenciaram : Sílvio, que foi internacional júnior no tempo do célebre José Augusto do Benfica; Fidalgo, que esteve no Benfica e brilhou no Vitória de Guimarães, no Tirsense e na Sanjoanense; Lázaro, jogador do primeiro plano e que se distinguiu no Beira Mar, no Leixões e no Vitória de Guimarães; Calisto, Violas e Adérito Ribau, que muito deram à equipa da capital do nosso distrito. E muitos outros poderíamos citar, alguns já dos nossos dias, se tempo e espaço tivéssemos. Fica a tarefa para outros ou para edições futuras. Aos mais ligados ao desporto deixamos o desafio de um registo mais circunstanciado.

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Um artigo de Sarsfield Cabral, no Diário de Notícias

:: Direitos
Respondendo, em Paris, a uma pergunta sobre a lei do aborto em Portugal, o Presidente da República fez votos para que haja entre nós um debate sossegado e esclarecido sobre o assunto. E, a título pessoal, manifestou-se favorável a uma evolução legislativa nessa matéria, acentuando a sua preocupação com os direitos das mulheres - que considerou a questão mais profunda. "Sou solidário com as mulheres que sofrem", disse.
O Presidente não referiu outros direitos. Por exemplo, os do nascituro. Dir-se-á que este não é pessoa jurídica, logo não tem direitos. Há mesmo quem só veja no feto um monte de células. Mas será assim? Tudo decorre desse ponto essencial quando começa a vida humana? Apenas depois de se nascer? E se podemos falar de pessoa antes do nascimento, a partir de quando exactamente? Qualquer momento posterior à concepção surge como arbitrário. As mulheres, como os homens, têm direito ao seu corpo. Mas a ideia de que o ser na barriga da mãe não é mais do que uma parte do corpo desta é cada vez mais difícil de sustentar. A tecnologia permite hoje detectar num feto de poucas semanas toda uma série de características de uma pessoa. Muitos pais se encantam com as ecografias do pequeno ser. Não possui decerto autonomia. Mas que autonomia tem um bebé dias após o seu nascimento?
Tentando contribuir para o debate sossegado e esclarecido que o Presidente deseja - e bem -, eu diria que a questão fulcral, aqui, são os direitos morais dos mais fracos e indefesos, os que ainda não nasceram, mas existem. Esses não têm voz, por isso deveriam merecer da sociedade uma atenção prioritária. Não está em dúvida apoiar as mulheres em momentos difíceis da sua vida, um imperativo defendido pelo Presidente da República. Mas há outros seres em causa, que não podem ser ignorados.

Conclave para a eleição do Papa

Cardeal Ratzinger assume que o Conclave é hora de grande responsabilidade
Na homilia da missa votiva para a eleição do novo Papa, que decorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, esta manhã, o Cardeal Ratzinger, Decano dos Cardeais eleitores, sublinhou que "o Conclave é hora de grande responsabilidade".
Falando contra a "ditadura do relativismo", que não reconhece nada como definitivo, o Decano dos Cardeais vincou que "a nossa medida, porém, é Jesus, o verdadeiro homem". Depois de agradecer a Deus pelo Pontificado de João Paulo II, o Cardeal Ratzinger pediu a todos os presentes: "rezemos ao Senhor que nos dê um Pastor segundo o seu coração, que nos guie para o conhecimento de Cristo, o seu amor, a verdadeira alegria." Todos os Cardeais eleitores concelebram esta Eucaristia solene, em latim. Os Cardeais não eleitores estavam sentados na primeira fila. A homilia foi uma meditação sobre as leituras da Bíblia proferidas durante a missa, com o Cardeal alemão a esclarecer que iria abordar "apenas algumas passagens que dizem respeito a um momento como este", tendo sublinhado o desafio de a Igreja assumir uma "fé adulta", que não siga "as ondas da moda e da última novidade". "Quantos ventos de doutrina conhecemos ao longo dos últimos decénios, quantas correntes ideológicas, quantas modas do pensamento... A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi muito agitada por estas ondas" e "atirada de um lado para o outro: do marxismo ao liberalismo, até ao libertinismo; do colectivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo", referiu. O Cardeal Ratzinger conclui assinalando que "a única coisa que permanece para a eternidade é tudo aquilo que semeamos na alma humana: o amor, o conhecimento, o gesto capaz de tocar o coração, a palavra que abre a alma à alegria do Senhor".
Hoje mesmo, da parte da tarde, haverá, na Capela Sistina, a primeira votação, com a participação dos 115 cardeais eleitores, isto é, os que têm menos de 80 anos. Se houver Papa, nessa altura, o fumo branco anunciará ao mundo essa grande nova.
Fonte: Agência Ecclesia

BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME

Mais uma recolha de produtos alimentares,
nos dias 8 e 9 de Maio Nos próximos dias 7 e 8 de Maio, o Banco Alimentar Contra a Fome vai proceder a mais uma recolha de produtos alimentares, junto dos hipermercados e dos supermercados. É mais um desafio que nos é dirigido, não só para contribuirmos generosamente com as nossas dádivas, mas também, e sobretudo, para que passemos a olhar com redobrada atenção para os pobres que estão à nossa volta. É sabido que em Portugal há um milhão de pessoas a passarem fome e outras tantas, ou mais, a viverem no limiar da pobreza, com rendimentos que nem sempre chegam para os medicamentos que diariamente têm de tomar. Por mais iniciativas que os Governos desenvolvam e por mais subsídios que atribuam aos mais necessitados, pode garantir-se que a colaboração da sociedade civil, em geral, e de cada um de nós, em particular, é fundamental. Diz a Federação dos Bancos Alimentares que mais de 10 000 voluntários (espalhados por cerca de 500 estabelecimentos comerciais, efectuando o transporte dos produtos doados e separando e arrumando os alimentos nos armazéns dos Bancos Alimentares) permitirão uma vez mais a criação de uma extraordinária cadeia de solidariedade onde cada pessoa representa um elo indispensável. Por isso, é preciso alimentar a ideia de que a nossa contribuição é muito importante, para que os Bancos Alimentares Contra a Fome e as Instituições de Solidariedade Social por eles apoiadas possam continuar a contribuir para reduzir as carências alimentares de mais de 200 000 pessoas. Por tudo isto, aqui deixo um apelo a todos para que se envolvam nesta iniciativa do Banco Alimentar, quer colaborando na recolha, quer entregando os seus contributos, nos dias 8 e 9 de Maio. Para participarem como voluntários, podem inscrever-se nos Bancos Alimentares. Os Universitários de Aveiro podem dirigir-se ao CUFC, onde lhes serão prestados todos os esclarecimentos, até 27 de Abril. F.M.

Desporto na Gafanha da Nazaré - 3

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As rivalidades As rivalidades próprias de qualquer desporto também naqueles tempos da minha meninice se viveram com alguma paixão. Os jogos não eram oficiais, já que se tratava de clubes não filiados em qualquer Associação, excepção feita para o Atlético que, segundo na altura foi amplamente divulgado, chegou a ser clube oficial, porém sem qualquer proveito desportivo. E a paixão dos seus dirigentes, por pressão logicamente psicológica dos respectivos adeptos, chegava ao ponto de procurarem e convidarem jogadores, expressamente para cada jogo, pertencessem eles aos clubes rivais da terra, a outros clubes amadores da região ou ao Beira Mar que já era instituição de respeito na altura. O importante era ganhar, custasse o que custasse. E tal como hoje, também naquela época as vitórias ou derrotas eram comentadas com fervor clubista e com promessas de “vingança” para a próxima vez, que podia ser no domingo seguinte. A curiosidade maior dos muitos adeptos estava em saber quem é que jogava e em que clube! E se os dirigentes não eram suficientemente diligentes ou bastante abonados para cativar os melhores jogadores, podiam muito bem preparar as malas e desandar. Esses dirigentes não serviam. E ainda hoje é assim. Aliás, o único dirigente, que saibamos, que acompanhou sempre o seu clube, desde o nascimento até à morte, foi o senhor Casqueira, mais conhecido por Casqueirita. Quando ele se cansou de gastar quanto tinha e não tinha com o seu Atlético, o clube morreu. É que, naqueles tempos, como hoje, os profissionais ou aparentados podem levar um clube à ruína, principalmente se não houver ponderação nos gastos e realismo nas contratações. (Continua) F.M.