quarta-feira, 13 de abril de 2022

Mastro do Milenário - Eu assisti aos trabalhos

Mensagem reeditada 
para não cair no esquecimento


O presidente da Câmara Municipal, Dr. Alberto Souto, inaugurou, na ponte da Dobadoura, o «Mastro do Milenário», cujo simbolismo esclareceu na mensagem, dirigida aos aveirenses, que então proferiu (Litoral, 19-4-1958) – A.

"Calendário Histórico de Aveiro",
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


Eu assisti aos trabalhos de erguer o mastro do Milénio da povoação de Aveiro e Bicentenário da cidade, datas que se celebraram em 1959. Comandou as operações delicadas o Mestre Manuel Maria Bolais Mónica, com muita gente a assistir, porventura receosa, alguma, de o mastro não entrar no buraco para ficar com as bandeiras a assinalar as efemérides, que se esperavam festivas.
Como manobrador do camião do estaleiro do Mestre Mónica estava o então meu amigo Henrique Correia, que veio a ser o primeiro presidente do Grupo Desportivo da Gafanha, sendo eu o secretário.
O camião estava carregado, julgo que com toros, para garantir a estabilidade do veículo quando aplicava a máxima força para erguer o mastro. Cordas grossas postas em lugar estratégico, naturalmente, garantiam a resistência suficiente para o êxito esperado. O Mestre falava alta, gritava mesmo, para que todos ouvissem as suas ordens. E quando veio a ordem para o Henrique Correia acelerar o camião, paulatinamente, o mastro começou a levantar-se e no sítio certo, bem aprumado, lá ficou a lembrar a todo o nosso mundo que Aveiro existia desde 959, como povoação ligada a Mumadona Dias, e como cidade a partir de 1759.
Mestre Manuel Maria Bolais Mónica morreu no ano seguinte, mais concretamente em 16 de julho de 1959.

F. M.

DESTAQUE

Propriedade agrícola dos nossos avós

Arquivo do blogue