As nuvens fascinam-me, vá-se lá saber porquê. Até sabia os seus nomes de cor, mas isso já lá vai. Quando era miúdo, habituei-me a ver os mais velhos a olharem fixamente o céu para depois prenunciarem chuva ou vento, mais hora menos hora. E julgo que a maior parte das vezes acertavam. Ainda me entretinha com amigos a descobrir monstros e outras figuras que as nuvens exibiam para nosso regá-lo. Mas também é verdade que alguns não tinham olhos nem imaginação para ver seja o que for.
Ainda agora não me canso de apreciar as nuvens que se exibem paradas, umas, e apressadas, outras. E com este bailar das nuvens, espetáculo em permanente mutação, num céu azul, consigo, tantas vezes, a serenidade que me enriquece o dia.