Em cada canto há motivos para apreciar e sentir o palpitar dos aveirenses.
Quem passa a correr jamais a descobrirá na sua plenitude.
Os moinhos da minha meninice e infância ali estavam.
No segundo sábado de cada mês, há Artes no Canal.
Arte e artesanato variados dão vida ao centro de Aveiro.
Muita gente para passear, ver e comprar.
Há de tudo para todos os gostos de ambos os lados do canal central.
O dia lindo convidava a sair de casa.
Como recordo a arte de os fazer!
Um avô passa com netinho que corre para os moinhos,
que giravam alimentados pelo ventinho.
Teve direito a um que ergueu ufano.
aquela tenda terá valido a muita gente.
Eu tive direito a um boné fresquinho para o verão que temos.
A nossa Gafanha não podia faltar.
João de Mello, quase meu vizinho, que não via há anos, é artesão por paixão.
Lá estava com as suas artes.
Merecerá mais divulgação.
Os moliceiros, táxis na laguna, andavam apressados.
Era indubitavelmente necessário aproveitar a maré.
Um guia turístico debitando notas oportunas.
Para animar a festa não faltou a banda musical.
Não será que as festas ajudam a esquecer mágoas?
Fernando Martins