Na rotunda do centenário, o bacalhau não podia faltar
A ceia de consoada não pode prescindir do bacalhau. Na nossa região, em especial, mas julgo que em quase todo o país, o fiel amigo é rei. Sabe-se, contudo, que o polvo também marca presença noutras regiões. Em mesas pobres ou ricas, na consoada somos mais iguais uns aos outros. E nas palavras também. Boas Festas, Santo Natal, Paz, Fraternidade, Partilha, Mensagens e tantos outros sinais nos aproximam uns dos outros. Postais de Boas Festas caíram no esquecimento. As redes sociais, bem ou mal, ocuparam esse espaço. Afinal, somos todos amigos, talvez tocados pela educação que nos revestiu de um Menino que muitos aceitaram como Salvador da Humanidade.
Voltemos ao bacalhau. A nossa terra assumiu-se como capital do bacalhau quase desde os seus primórdios. Daqui partiam os lugres e arrastões e voltavam carregados. Aqui se preparava o fiel amigo e daqui partia, espalmado e seco, para as mesas de multidões de meio mundo. Até parece um petisco raro neste dia.
Boa consoada para todos com bom bacalhau à mesa. Depois virão os doces tradicionais, com destaque para os bilharacos, rabanadas e mais o que houver.