sábado, 19 de dezembro de 2020

“A Caixa de Correio de Nossa Senhora”

Um livro de António Marujo 
para o nosso confinamento



António Marujo
“A Caixa de Correio de Nossa Senhora” de António Marujo é um livro que merece ser lido pelos devotos de Nossa Senhora de Fátima, mas não só. António Marujo é um jornalista especializado em temas de âmbito religioso, com prémios internacionais que reconhecem o mérito do seu labor numa área não muito apetecida pelo jornalista comum. Daí a sua colaboração em inúmeros programas da rádio e televisão, bem como na imprensa escrita, nomeadamente no PÚBLICO. Também escreveu diversos livros onde pode ser apreciado o seu trabalho metódico e rigoroso, todo vestido por uma escrita escorreita. Presentemente, entre outras tarefas jornalísticas, pode ser apreciado o que escreve e edita no jornal online Sete Margens
Neste livro, que surgiu no mercado depois de “Senhora de Maio”, António Marujo debruçou-se com cuidado e rigor sobre um tema abrangente que permite conhecer o povo português  devoto de Maria,  especialmente,  graças à correspondência que é dirigida ao Santuário de Fátima, claramente endereçada a Nossa Senhora. 
Debruçado sobre oito milhões de mensagens oriundas de todo o mundo, o autor oferece aos seus leitores e à história de Fátima um enorme conjunto de pedidos, súplicas, desabafos, dores, dramas, anseios e mistérios. Diz António Marujo, a abrir, que em cada carta há “a possibilidade de desabafar com alguém em quem se confia e com quem se tem uma relação de proximidade e intimidade”. 
A correspondência denuncia os temas mais inquietantes de cada tempo, gerais ou particulares. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial, bem como a Guerra Colonial, com todos os dramas que elas refletiram nas pessoas, nas famílias e no país, têm lugar com justificado destaque. 
O leitor não deixará de se confrontar com testemunhos eloquentes bem retratados no livro “Caixa do Correio de Nossa Senhora”: «Nele encontramos muitos mistérios e declarações, pedidos de saúde ou de emprego para o próprio ou para outras pessoas, amores proibidos e confessados, crimes escondidos, desilusões amorosas, angústias existenciais, orações pela paz no mundo e pela “conversão dos pecadores” e da Rússia... » 
Os capítulos começam com frases marcantes para o autor, retiradas das cartas dirigidas a Nossa Senhora: «Sabes quem sou. Não é preciso descrever a minha pessoa...»; «desejamos todos ser melhores, muitíssimo melhores do que somos...»; «Que se siga um papa bondoso e simples...»; «Senhora da Paz, concede-nos a Paz...»; «Que haja paz no mundo e que o comunismo seja eliminado perenemente em todos os países...»; «Minha Mãe, sabeis que ando aflita. A guerra está em Portugal»; «Acabai com a guerra no Mundo, especialmente na nossa Pátria». 

Fernando Martins 

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