sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Gafanha da Nazaré - Rua do Casqueirita

A propósito do Armando Ferraz, 
um amigo evoca o Tio Casqueirita,
nome de rua na Marinha Velha  

Ontem, ao editar um texto alusivo a um projeto da Câmara de Ílhavo, no qual se falava de Armando Ferraz, o último fantocheiro, como um dia o designei num escrito que elaborei para o recordar, apontei um link para mais informações sobre o seu trabalho de artista popular, muito querido na terra. E ao revisitar o que então escrevi sobre o Armando Ferraz deparei com um comentário, muito oportuno e desafiante. Veio de Nelson Calção e de sua esposa Teresa, pessoas amigas que muito estimo, residentes nos Estados Unidos da América. 
No comentário em que aplaudiam o que eu havia escrito sobre o último fantocheiro, referiram outra figura que também devia merecer a minha atenção, o que não fiz na altura, nem sei porquê. A vida às vezes ocupa-nos com tantas banalidade que nem tempo nos dá para o essencial.  E disseram assim:

«Obrigado por dedicares este teu blog a uma pessoa [Armando Ferraz] tão simples, mas em meu ver muito merecida.
Outras personagens não menos castiças da nossa terra, merecem de igual forma o seu espaço neste magnifico "forum".
E porque recordar é viver, aqui vai mais uma dica: lembras por certo, tão bem ou melhor do que eu, do "ti Casqueirita", que como o Armando Ferraz se envolvia praticamente em tudo: lembro-me dos ranchos folclóricos, do futebol, e se não estou em erro foi também o dono do primeiro carro de praça como então era chamado, da nossa terra, e muitas outras coisas que agora não me vêm à mente.
Talvez num futuro próximo, alguém se debruce sobre a sua história, para que todos conheçamos melhor essa personagem castiça da nossa gente, e não caia no esquecimento.
Uma vez mais um sentido obrigado pela tua dedicação.
Um abraço amigo para todos.» 

Nelson P. Calção 

NB: Ora aqui está uma boa achega sobre uma figura típica da nossa terra, que em devido tempo foi homenageada pela nossas autarquias, ao atribuírem-lhe a honra de ser nome de uma rua na Gafanha da Nazaré, Rua do Casqueirita. O seu filho emigrou  para o Brasil. 
Realmente, o Tio Casqueirita, de seu nome Manuel Casqueira,  merecia-a, bem perto da casa em que viveu, na Rua Padre Américo, na Marinha Velha. E sublinho que, para além do rancho folclórico e do clube de Futebol, o Atlético Clube da Marinha Velha, ainda cultivava e vendia  flores, mas ainda  fazia caixões. A sua residência era conhecida por Casa das Flores, assinalada, bem à vista, em painel de azulejo. 

F. M.

2 comentários:

  1. E quem vestia os anjinhos para as procissões?… Não era também o Ti Casqueirita, Manuel Fernando?!

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    1. É verdade, meu caro. E ainda tinha um automóvel com licença para transportar pessoas, tipo taxi.

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