Li a frase em título na revista E do Expresso, semanário que entra em minha casa desde o número um… já lá vão uns 46 anos. Quem a proferiu foi Paulo José Miranda na rubrica “10 perguntas a…”, da responsabilidade da jornalista Inês Maria Meneses.
Parto dela para uma curta reflexão porque gostei da resposta daquele escritor e poeta à jornalista, quando ela lhe perguntou sobre os livros de que nunca nos cansaremos?: “Há livros que não cansam. Ler é a maior dádiva dos deuses aos humanos.”
Gosto imenso de ler desde a infância. Mais ainda, e sobretudo, desde quando, acamado por doença, nada mais podia fazer. Ouvir música na rádio e ler durante todo o tempo em que não precisava de dormir faziam parte do meu quotidiano. Foram dois anos nessa vida em que também conversava com os amigos que me visitavam.
Sou um leitor assíduo de gostos variados: prosa, poesia, história, crónicas, reportagens, entre outros géneros, bailando no meu espírito livros, revistas, jornais, de tudo um pouco. Horas a fio, saltando de uns para outros, depois de os manusear…
Realmente, a leitura é, de há muito, a minha ocupação favorita, procurada e perseguida, roubando-me tempo para outros prazeres que passam a secundários. De permeio, gosto de rabiscar (teclar) umas coisas para manter ativo o cérebro sem incomodar ninguém. Cedo, como todo o vivente, aos desafios das circunstâncias, acicatado pelas novas tecnologias. E que Deus (não os deuses) me dê saúde e forças para poder ver e ler os sinais dos tempos, mola-real da vida.
Fernando Martins