Partilho com gosto as Boas Festas
que o Padre Georgino Rocha teve a gentileza de me enviar
O Natal cristão faz-nos ir em visita à gruta de Belém, onde nasce Jesus no seio da sua família. A notícia chega a gente humilde e a homens ricos e famosos. Movidos por um impulso interior vêm confirmar o que teria acontecido. Trazem dons que oferecem e têm um sentido especial: expressam quem é aquela criança e a sua vocação.
Destes dons, escolho o incenso qual perfume de Deus, para fazer a mensagem de Boas Festas que quero dirigir a todos os Amigos e familiares.
Jesus é o suave perfume de Deus, como nos diz São Paulo na segunda carta aos cristãos de Corinto 2:15. É o aroma divino que nos é comunicado ao sermos ungidos com o óleo do crisma no batismo e na confirmação. O que existe em Jesus transforma o nosso interior de tal forma que passamos a exalar o Seu bom perfume, passamos a “cheirar a Deus” por onde quer que andemos, a ser misericordiosos como nos recomendou.
Esta bela realidade pode ser apresentada de modos vários. Recorro a um conto breve, cheio de sentido. Um dia Deus chamou três pessoas e ofereceu a cada uma um frasquinho que continha o perfume da vida plena e feliz. A primeira, deslumbrada pela oferta, foi a correr arranjar um fio de ouro para o trazer ao peito. Assim se recordaria sempre de Deus. A segunda, vai apressada para casa, derrama o perfume num recipiente e começa a analisar a sua composição química. Descobriu a fórmula, memorizou-a e ensinou-a aos familiares e amigos. A terceira, abriu o pequeno frasco e derramou todo o perfume sobre a cabeça e foi pelos caminhos da vida a perfumar o mundo.
Estas pessoas podem ser espelho do que acontece com tantos cristãos. O chamamento faz-se no batismo e prossegue na vida diária imbuída de espírito evangélico, alimentado pela oração e participação na celebração litúrgica; pela prática das obras de misericórdia. A resposta de cada um, porém, assume várias atitudes. Uns guardam para si o frasquinho recebido, esquecendo a função do perfume: irradiar aromas que suavizam e tornam agradável o ambiente. Outros preocupam-se em conhecer os seus elementos materiais e ficam satisfeitos com os achados doutrinais. Outros ainda sentem o estímulo do cheiro e o impulso do desejo de renovar o ar poluído da sociedade e de despertar a consciência dos batizados que são ungidos pelo suave perfume de Cristo. E onde quer que estejam cheiram sempre a Deus, qual peixaria que deixou de o ser (passe a leveza da comparação).
Que as festas do Natal e do Ano Novo avivem em nós a beleza de sermos o suave perfume de Cristo; e irradiemos o seu aroma discreto, mas eficaz, pelo testemunho de uma vida digna, plena e feliz. Deus conta connosco para sermos mensageiros do Seu amor que brilha de modo especial em Jesus Menino que nos envia, como seus amigos, em missão de misericórdia, paz e alegria. Que a Sua bênção nos acompanhe sempre, sobretudo nestes dias de festa e ao longo do Ano novo que se avizinha.
Padre Georgino Rocha
NOTA: Foto da rede global
NOTA: Foto da rede global