domingo, 27 de outubro de 2019

As sestas

Estou a criar o hábito da sesta. Se o corpo ma pede é porque dela necessito — dita-me a alma. E sinto-me muito bem com este hábito já com algumas raízes. Sei que muitos passam pelas brasas num qualquer recanto, que a sesta é curta. 
Já lá vai o tempo sem tempo para sestas. A vida impunha leis de acordo com as obrigações profissionais, sociais, familiares. Era um corre-corre constante, sem poder olhar para o lado, esquerdo ou direito. Para trás não dava jeito e era perda de tempo. A frente era sempre a meta a alcançar, porque só na frente estava o futuro a atingir, antes que ficasse preso ao presente e a cair no passado. 
Agora que tenho o tempo que a vida me dá sei quanto vale uma sestinha depois do almoço. E quando acordo sinto-me outro e até  acho graça a certos sonhos. Quando puderem, façam a experiência. E verão que tenho razão.

F. M. 

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