Maria do Céu, sem qualquer apelido, fez parte dos primeiros passos da Rádio Terra Nova da Gafanha da Nazaré. A sua voz e desenvoltura eram inconfundíveis. A sua gargalhada, fruto da boa disposição, era contagiante. As suas conversas com outros profissionais ou convidados eram símbolo de uma rádio próxima dos ouvintes.
Depois, aspirou a outros voos e foi passando por outros órgãos da comunicação social, mas jamais senti a vivacidade da Maria do Céu que conheci na Terra Nova.
Quando nos cruzávamos na vida do jornalismo ou noutras circunstâncias nunca esmoreceu o seu sorriso, a sua palavra amiga e a sua saudação solidária, quantas vezes ilustrada por marcas de um passado que dia a dia se foi perdendo no tempo, como tanta coisa da vida.
Esta noite, soube do falecimento da Maria do Céu. Fiquei muito triste. Sei que Deus já a acolheu no seu colo maternal. Ela bem merece. Até um dia, Maria do Céu.
Fernando Martins