Cada vez que abro o PC (não tem nada de política), fico incomodado. Há sempre novas das já velhas estórias da corrupção que nos últimos anos enxameiam a comunicação social. Se calhar foi sempre assim desde tempos imemoriais, só que não havia jornalistas de investigação e corajosos com capacidade para revelar verdades que escapam à maioria dos ouvintes, telespectadores e leitores. Hoje está tudo à mão de semear. Mas será tudo assim? Não haverá políticos honestos, transparentes, incorruptíveis e muito menos corruptores? Decerto que há… Mas como descobri-los?
Como é possível que gente em cargos públicos ou fora deles não admite que a vigarice e a corrupção só vivem enquanto não forem descobertas? Não sabem que há subalternos em gabinetes ministeriais e noutras áreas capazes de denúncias quando se veem confrontados com compadrios e negócios fraudulentos dos seus superiores?
Com tudo isto que se tem passado e é publicitado, como havemos (nós, os eleitores) de proceder nas próximas eleições? Quais serão os parâmetros que teremos de ter em conta para acreditar nos que terão ou passarão a ter as chaves da governança? O problema é complicado porque teremos realmente de escolher. Mas como, se ninguém traz na lapela do casaco qualquer selo de garantia?
Fernando Martins