D. António no uso da palavra, com Eduardo Arvins |
Parabéns à instituição aniversariante |
Uma sociedade mais justa com as nossas contribuições
A Obra da Providência (OP) celebrou, em 20 de dezembro, com Eucaristia e jantar-convívio, o 65.º aniversário, não como instituição oficializada, mas enquanto servidora de mulheres mal-amada. Os estatutos vieram depois, que as fundadoras, Maria da Luz Rocha e Rosa Bela Vieira, apenas sentiam ser sua obrigação, como cristãs e membros da conferência de São Vicente de Paulo, que teve como patrona Nossa Senhora da Nazaré, agir em prol de quem mais precisava.
A Eucaristia de ação de graças e de sufrágio pela intenção das fundadoras contou com a presença dos atuais corpos sociais e funcionárias da Obra, mas ainda de amigos, familiares e antigos dirigentes.
À homilia, o nosso prior, Pe. César, sublinhou a ação de Maria da Luz e Rosa Bela, apontando-as como exemplo a seguir por cada um de nós, recordando a devoção que elas sempre manifestaram por Nossa Senhora da Nazaré. “Tiveram uma vida de serviço fraterno aos irmãos, dedicando-se inicialmente ao apoio de mulheres e raparigas marginalizadas ou em perigo moral, prolongando-se esse trabalho até aos nossos dias”, mas novas valências foram criadas, depois do 25 de Abril, “direcionadas para as crianças”, frisou o nosso pároco. Ainda evocou nesta celebração eucarística os dirigentes, funcionárias e utentes já falecidos.
Na hora de partilhar o bolo do aniversário, na Casa José Engling, o nosso Bispo, D. António Moiteiro, sublinhou que o sonho inicial das fundadoras “continua presente em nós”, traduzindo-se no “bem, feito aos outros, neste caso aos mais pequenos”. Referiu que todos temos sonhos que, no caso da OP, “nos acompanham desde há 65 anos e que devem continuar entre nós”.
O Bispo da Diocese de Aveiro, que tutela aquela instituição, lembrou que a nossa vida deve traduzir-se por uma “dedicação aos outros”, lutando por uma sociedade mais justa, “com as nossas contribuições”, para que “os mais fracos não fiquem sempre por baixo”.
Eduardo Arvins, presidente da direção, adiantou que a OP tem, nesta altura, uma Creche (40 utentes), uma Pré-escola (44 utentes) e um Centro de Convívio Sénior (20/25 idosas). Mantém aberta uma Loja Social com reciclagem de roupa para venda a preços simbólicos e para cedência a quem nada pode pagar.
Contudo, a OP ainda dinamiza um Centro de Apoio Familiar e Acompanhamento Parental (CAFAP), destinado a apoiar famílias na modalidade de preservação familiar, através de um conjunto de atividades de promoção de competências parentais e da vida das crianças e jovens. Este serviço acompanha 40 famílias, mas tem capacidade para 50.
Fernando Martins