As mentiras dos currículos continuam com lugar cativo nos órgãos de comunicação social e noutras áreas. Mesmo nas relações pessoais diárias, é frequente o tratamento de doutor, engenheiro e outros títulos académicos, como se as pessoas em causa não pudessem sobreviver com o seu nome, muito simplesmente. É uma pena que o ser humano não consiga prescindir de alusões aos seus conhecimentos científicos e graus académicos, impondo-se, naturalmente, pela sua personalidade e disponibilidade para servir a comunidade e os que o envolvem no dia a dia.
Vezes sem conta já me vi na necessidade de esclarecer que eu, Fernando Martins, valho unicamente pelo que sou, dispensando, em absoluto, títulos que não possuo. Sou o que sou e nada mais do que isso.
É claro que nas minhas relações tenho encontrado de tudo: pessoas analfabetas, apesar dos graus académicos que ostentam na lapela; e pessoas humildes, mas sábias, que leem e estudam, tornando-se úteis à sociedade em várias frentes.
A simplicidade tem, realmente, de se sobrepor às vaidades. O mundo é dos humildes de corações fraternos.