Um texto de João Pedro Pereira
no PÚBLICO
«O cenário será familiar a muitos leitores: num almoço ou jantar, o interlocutor parece apenas semi-atento à conversa. Consulta o telemóvel com frequência e até pega no aparelho, o olhar afundado no ecrã e o dedo a deslizar por uma qualquer aplicação, enquanto garante que está a ouvir o que estamos a dizer. Alguns respondem a mensagens (cuja urgência nunca sabemos se é real), outros – com maior ou menor pudor – chegam a abrir o Facebook ou o Instagram. Muitas pessoas já tiveram conversas (em alguns casos, monólogos) com este tipo de interlocutor irritante. Muitos já terão também cedido à tentação irreprimível de pegar no telemóvel enquanto alguém à frente está a falar.»
NOTA: A pertinência é por demais evidente. Eu próprio fico intrigado e incomodado quando estou com alguém que se dá à má educação de estar a falar comigo ao mesmo tempo que responde a mensagens via Facebook. E quando interrompo a conversa para os deixar comunicar, não é raro ouvir: continue a
falar que eu estou a ouvir…