As festas da Senhora da Nazaré, padroeira da nossa paróquia, já não são o que eram antigamente. Também não se perdeu grande coisa, embora as festas proporcionem sempre o encontro de pessoas que, em tempos de férias e de verão, voltam à terra natal para rever familiares e amigos. O profano, que estava e ainda está associado às festividades dedicadas aos patronos, nem sempre cuidou de ter em conta a alegria saudável e a expressividade cultural que essas festas mereciam. O encontro era muito válido, mas não se devia ficar por aí.
Despesas exageradas com foguetório e artistas musicais de fraco nível frequentemente conduziram para a morte lenta deste tipo de festas. O aspeto religioso foi-se mantendo e ainda bem, mas eu acredito que os nossos padroeiro ficariam satisfeitos se houvesse a preocupação de se reformularem as festividades, associando-lhes valências culturais, sociais, artísticas e de partilha fraterna.
Hoje, a Festa em Honra de Nossa Senhora da Nazaré contou apenas com a missa solenizada pela Filarmónica Gafanhense e com a procissão que seguiu o trajeto habitual, com passagem pelo Cruzeiro. Nela se incorporaram as Irmandades de Nossa Senhora da Nazaré e outras, bem como instituições e associações da Gafanha da Nazaré. O povo devoto de Nossa Senhora nunca falta.