sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dia Internacional da Paz: 21 de setembro

Por Maria Donzília Almeida


Eu só quero viver em paz e usufruir do que Deus nos deixou no mundo, 
não preciso de riquezas materiais para ser feliz. 
Apenas quero sentir o que Deus nos fala em nossos ouvidos 
em um simples soprar do vento

Bob Marley

Desde 2007, aquando da minha visita à Terra Santa, que a palavra hebraica Shalom, passou a integrar o meu léxico, no que concerne ao tema em epígrafe. Muito mais que significar Paz, é um termo muito abrangente, utilizado pelos israelitas para uma saudação fraternal, para uma despedida, para um acervo de situações. E, quando refere a paz, esta tem uma outra dimensão. É aquele sentimento de plenitude, de bem-estar, de harmonia, ambicionado por qualquer mortal.
“Eu quero paz” ou “Deixa-me em paz”, são expressões recorrentes no nosso discurso quotidiano, que traduzem o desejo de qualquer habitante da terra, de encontrar esse estado de pacificação interior, em oposição ao ambiente de agitação e stress em que habitualmente vivemos.

Este é o nosso modus vivendi, no quotidiano, durante a nossa passagem pela terra, em oposição à tão desejada “paz dos anjos”, que é a nossa aspiração mais profunda. Daí, eu despedir-me dos meus amigos, com um amistoso “Fiquem na paz dos anjos!”
Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbação, agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.
No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si própria e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida. A paz é mundialmente representada pela pomba e pela bandeira branca.
Nada e criada numa família, onde os valores do trabalho, do respeito, da tolerância e o reconhecimento da autoridade eram notas dominantes, tornei-me uma criatura pacífica e praticante da paz! A autoridade era personificada na figura do progenitor, cuja farda ajudava um pouco à consecução do seu desiderato. Deve referir-se que apesar de tudo, nunca precisou de impor a autoridade pela força! Nunca “prendeu” nenhum dos descendentes, nem fez uso do casse-tête, brincando, no entanto com o acessório que lhe estava sempre acoplado!
Mas a paz, não é apenas a ausência de guerra, como a saúde não é apenas a ausência de doença. Apesar de vivermos sem o espetro da guerra, não se poderá dizer, que vivamos num clima de paz social.
O momento que atravessamos, a nível político, social e económico é de grande turbulência. A cada passo, há o incitamento explícito à rebelião, à contestação, ao confronto direto. É verdade que foi dada, ao povo, a possibilidade de contestar, de expressar de viva voz, o seu descontentamento e as suas reivindicações. Os mass media veiculam nos jornais diários, a revolta popular. Mas que importa protestar se as vozes do povo não chegam ao céu, isto é, a S. Bento?
Há 38 anos, numa manhã de Abril, foi dado a provar ao povo, um rebuçado chamado democracia! O povo gostou e viciou-se nesse novo paladar! Hoje, a realidade deste país, está a devolver-lhe os amargos de boca desta nova e conquistada iguaria.
Não parece que o contexto social do país, seja um repositório de paz, daquela paz que todos ambicionamos.
Com um Sistema Nacional de Saúde que não serve as populações mais desfavorecidas, nas restrições que a cada dia apresenta; com uma carga fiscal a asfixiar o poder de compra dos portugueses; com um sistema educativo num verdadeiro desnorte, em que a legislação prolifera a um ritmo, que é inversamente proporcional ao sucesso alcançado; que rejeita a oferta de tantos jovens candidatos que ficam no desemprego, enquanto os efetivos mais antigos são sobrecarregados com atribuições supranumerárias.
Vivemos, hoje, numa situação de grande descrédito pelas instituições, a classe política defraudou as expetativas dos portugueses que se sentem, à deriva, neste mar de atribulações! Não pode, assim, reinar um clima de paz.
“Glória in excélsis Deo et in terra pax homínibus bonae voluntátis…”, foi a mensagem que o anjo do presépio nos transmitiu. Onde estão esses homens de boa vontade? Parece que andam todos contrariados........de má vontade!



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