Os milagres estão nas pequenas coisas da vida
Maria Donzilia Almeida
"Existem apenas dois modos de viver a vida:
um é como se nada fosse milagre;
o outro é como se tudo fosse um milagre.
Eu acredito no último."
Albert Einstein
A frase citada, acima, povoa o espírito de muita gente de fé e está intimamente ligada à época que estamos a viver, neste mês de maio florido e primaveril.
Quem viaja pelas estradas de Portugal, há cerca de uma semana, depara com ranchos de peregrinos, que numa atitude de despojamento e sacrifício, vão calcorreando, passo a passo o caminho da redenção
Esta devoção para com a Nossa Senhora de Fátima, remonta ao século passado, quando se deu a primeira aparição, em 1917 na pacata aldeia de Fátima. O dia treze de cada mês, passou a ficar assinalado como um dia de afluência ao santuário do mesmo nome, mas essa movimentação de pessoas, atingiu a sua expressão máxima no dia 13 de maio.
Se nos interrogarmos sobre as razões, motivações que levam as pessoas a fazer essa longa caminhada, podemos encontrar várias respostas: uns são movidos pela fé e fazem esse sacrifício como prova da sua devoção para com Maria. Outros há, que vão reconhecer alguma graça concedida, em troca da promessa que fizeram à Virgem, na cura de uma pessoa doente, na obtenção de uma graça que era considerada quase impossível.
Há ainda aqueles que vão apenas pelo convívio e por desportivismo. Para estes o fator sacrifício não se põe, já que não entra no passeio. Desde muito cedo, nos meus tempos de menina, que neste meio das Gafanhas, se organizavam grupos de pessoas que rumavam ao santuário de Fátima. Era costume, começarem, bem cedo, de madrugada, para aproveitarem o fresco. Antigamente, quando o clima ainda era previsível, o mês de maio já era razoavelmente quente. O que é de admirar é como esses peregrinos, pessoas humildes, deste meio rural, sem o hábito de viajar, o carro era um luxo, se orientavam. Sem conhecimento dos mapas, muito menos do GPS, lá seguiam eles por caminhos tantas vezes calcorreados que até ficavam a conhecer de cor.
Há ainda aqueles que vão apenas pelo convívio e por desportivismo. Para estes o fator sacrifício não se põe, já que não entra no passeio. Desde muito cedo, nos meus tempos de menina, que neste meio das Gafanhas, se organizavam grupos de pessoas que rumavam ao santuário de Fátima. Era costume, começarem, bem cedo, de madrugada, para aproveitarem o fresco. Antigamente, quando o clima ainda era previsível, o mês de maio já era razoavelmente quente. O que é de admirar é como esses peregrinos, pessoas humildes, deste meio rural, sem o hábito de viajar, o carro era um luxo, se orientavam. Sem conhecimento dos mapas, muito menos do GPS, lá seguiam eles por caminhos tantas vezes calcorreados que até ficavam a conhecer de cor.
Há pessoas para quem a peregrinação é um verdadeiro tormento, apesar dos postos de atendimento e apoio aos peregrinos. Mas quando a fé existe, parece que nada se torna impossível. A vontade de suplicarem a Nª Sra a solução dos seus problemas, quaisquer que eles sejam, leva as pessoas a persistirem no seu esforço.
Aqui põe-se a questão de interpretar o que é um milagre. Considerando a definição dada por Einstein, milagre está nas pequenas coisas da vida; uma flor colorida e vistosa que nasceu duma semente, é um milagre! Um embrião que dá origem a um ser com características semelhantes aos seus progenitores, é o milagre da vida.
Em tudo podemos ver milagres e assim, a vida deixa de ser enfadonha e torna-se plena de sentido e beleza.
E… se nós conseguirmos sair da enorme crise em que nos encontramos, se os políticos começarem a entender-se em vez de se digladiarem... então é que teremos o maior milagre da História!
Que a Nª Sra nos ajude e ilumine a classe política deste país, que nos últimos tempos anda muito de mão dada com a Grécia e a Irlanda.
NOTA: Texto em reserva até resolução dos problemas no Blogger. FM