Poderá parecer estranho falar eu, um aposentado, de férias. Mas é verdade… Hoje senti-me de férias, como nos tempos em que acordava sem grandes trabalhos marcados para o dia. Dei comigo a ter vontade de acordar cedo para aproveitar o tempo todo. Jornal debaixo do braço, máquina digital a tiracolo, e lá vou eu apressado para o Jardim Oudinot.
Ainda era hora de limpezas e de regas, que a relva precisa de estar fresquinha. Barcos de pesca passam a caminho do porto de pesca costeira. Gente madrugadora já por lá andava a correr ou a caminhar, enquanto um ou outro olhava o espelho do céu que é a nossa ria. Ao longe, com nitidez perfeita, olhei o Farol majestático…
Um ou outro cumprimento de pessoas que passavam, mais uma caminhada para treinar os músculos, mais uma volta para ver bem o que antes vira a correr, e o descanso merecido no bar onde saboreei um café e li o jornal. Nada e ninguém me incomodava. Nenhum pensamento me perturbava. A paz das férias sentou-se comigo à mesa.
FM