Pouca gente na Feira do Livro
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Velhas edições e monos
não são serviço útil à cultura
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Fui um dia destes à Feira do Livro, em Aveiro, no Rossio, onde era suposto encontrar muita gente. Meia dúzia de pessoas por ali andavam e, que se visse, pouco ou nada compraram. Tal como eu. Custa-me dizer isto, mas foi verdade. Nos barracas que, à partida, deviam ter as obras que procurava, nada. Questionei a empregada, que me atendeu solícita, sobre a ausência de certos livros, e a resposta foi pronta: Com as percentagens de lucro que as editoras nos dão, não temos hipóteses. A Feira "exige" uma baixa de preços e nós não podemos perder dinheiro.
Claro que as Feiras do Livro servem para atrair pessoas e criar leitores. Os descontos são um estímulo. Mas estar numa Feira destas a vender velhas edições e monos, daqueles que se vendem ao molho, não é um bom serviço para a promoção da leitura e da cultura. Se isto continuar nestes moldes, a Feira do Livro em Aveiro cai no descrédito, o que é pena.
FM