sábado, 30 de agosto de 2008

Procuro o Lento Cimo da Transformação


Procuro o lento cimo da transformação 
Um som intenso. 
O vento na árvore fechada 
A árvore parada que não vem ao meu encontro. 
Chamo-a com assobios, convoco os pássaros 
E amo a lenta floração dos bandos. 
Procuro o cimo de um voo, um planalto 
Muito extenso. 
E amo tanto 
A árvore que abre a flor em silêncio.
 
Daniel Faria

In DOS LÍQUIDOS

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