A propósito do livro Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, que ando a ler, Saramago diz, com a autoridade que lhe vem do Prémio Nobel da Literatura que é, e com a carga da fama e do proveito que usufrui, de grande escritor que também é, que “Jerusalém é um grande livro, que pertence à grande literatura ocidental. Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos [agora tem 38]: dá vontade de lhe bater!”
Esta frase diz tudo. Diz que Gonçalo M. Tavares merece mesmo ser lido por quem aprecia uma escrita escorreita, coisa não muito frequente em muita livralhada que anda por aí; diz da justiça intelectual de um escritor de renome mundial; diz da ternura que um escritor idoso nutre por um jovem que despontou, há tempos, para a arte de bem escrever; diz que, afinal, não falta quem seja capaz de escrever com muito nível, de forma aparentemente tão simples.
Esta frase diz tudo. Diz que Gonçalo M. Tavares merece mesmo ser lido por quem aprecia uma escrita escorreita, coisa não muito frequente em muita livralhada que anda por aí; diz da justiça intelectual de um escritor de renome mundial; diz da ternura que um escritor idoso nutre por um jovem que despontou, há tempos, para a arte de bem escrever; diz que, afinal, não falta quem seja capaz de escrever com muito nível, de forma aparentemente tão simples.
FM