segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE QUE (NÃO) TEMOS



O caso da morte de uma idosa no Hos-pital de Aveiro, enquanto aguardava a sua vez de ser assistida, deve levar-nos a reflectir sobre o Serviço Nacional de Saúde que (não) temos. Depois de pas-sar pela triagem, ali ficou à espera de ser observada, acabando por falecer. Depois disso, e bem ao nosso estilo do desenrasca, o Hospital de Aveiro re-solveu reforçar, com um médico de clínica geral, contratado para o efeito, a equipa que recebe os doentes nas urgências. Também ao estilo português, depois de casa assaltada, trancas na porta. A idosa faleceu e para sempre ficará a terrível interrogação: se fosse observada atempadamente, teria morrido?
Todos sabemos que o Serviço Nacional de Saúde, decerto com muita coisa boa, com profissionais competentes, precisa de uma reforma profunda que lhe permita responder ao crescente número de utentes, a grande maioria, penso eu, já na terceira idade, com acrescidas necessidades de assistência médica personalizada.
Já estive internado várias vezes e sempre fui bem tratado, é certo. Mas não deixo de reconhecer que, nas urgências, alguns doentes ficam horas intermináveis à espera de serem atendidos. Tantas vezes até altas horas da madrugada, como já sucedeu com familiares meus. Nos tempos que correm, com tanta tecnologia, é inadmissível o que está a acontecer nesta área tão sensível, como é a Saúde.
Veja-se o que número infindo de protestos por causa das alterações ao Serviço Nacional de Saúde. Talvez o ministro esteja a agir em nome das reformas precisas no sector. Mas será que o povo português já foi esclarecido, cabalmente, sobre o que se pretende? Os nossos governantes estarão no caminho certo, ao agirem com tanta arrogância, como denunciou, há dias, Ferro Rodrigues, ex-líder do PS?

FM

2 comentários:

  1. Estou tão feliz por você continuar a apostar Pela Positiva durante o ano. Todos os dias me encanta ler Pela Positiva. As fotos da Gafanha sao muito especiais para mim, é uma maneira de me sentir perto da Gafanha quando eu vivo tão longe.

    Nasci na Gafanha mas mudei-me para os Estados Unidos quando tinha 9 anos. Seus artigos mantêm-me imformada do que se passa na cidade que eu amo. A minha mãe, Nazare Rocha, ainda vive na Gafanha da Nazare, que eu adoro visitar todas as vezes, quando tenho um chance (que não é tão frequente quanto eu gostaria)

    Feliz Ano Nove e continue a fazer um excelente trabalho com todas as suas postagens.


    Isabel Rocha
    Florida, USA

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  2. Obrigado, Isabel, pelo seu comentário. É sempre agradável receber notícias dos nossos emigrantes espalhados pelo mundo.
    Obrigado pelo seu amor a esta terra e pelos seus votos de Ano Novo.

    Um abraço

    Fernando Martins

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