Mahatma Gandhi
1. Há sessenta anos, a 30 de Janeiro de 1948 (o ano da Declaração Universal dos Direitos Humanos: 10 de Dez.), em Nova Deli, Mahatma Gandhi, líder político e espiritual do movimento de independência da Índia, era assassinado por um extremista hindu. Esse extremista não aceitava os seus ideais simples de tolerância para com todos, valores pacíficos estes enraizados na crença tradicional hindu da “verdade” e da “não-violência”. A vida de Gandhi, assinalando um passo histórico da revolução pela paz, influenciou outros líderes na luta democrática e anti-racista de algumas nações, entre os quais Martin Luther Kinh (EUA) e Nélson Mandela (África do Sul).
2. É importante que não se perca a memória daqueles cuja vida foi doada generosamente por ideais que hoje são benefício de todos. Nos tempos da actualidade em que o “mundo é plano” (estamos em “ligação directa” comunicacional) e em que se proclama “o fim da distância” (o tempo on-line faz-nos ser sempre presentes), cumpre-nos apreciar esses valores universalistas, persistentes e resistentes, princípios representados por pessoas que foram edificando as sociedades democráticas na base da dignidade humana. Gandhi dá a vida por essa libertação não no alicerce da força mas da sabedoria. Talvez aqui esteja um valor essencial a preservar e actualizar em cada tempo e lugar.
3. Sobre Gandhi referiu o cientista Einstein que «as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra». Tal a força e intensidade da mensagem e, também, tal a abertura de espírito honesta intelectualmente do cientista que sabe reconhecer os lugares históricos e sociais da libertação e aperfeiçoamento do todo da humanidade. Tendo sido nomeado cinco vezes para o Nobel da Paz (entre 1937 e 1948) e não tendo recebido este símbolo de reconhecimento universal, o comité algumas décadas depois reconheceria a falta cometida. Na atribuição Nobel ao Dalai Lama em 1989 viria a prestar o tributo reconhecido a Gandhi pela sua dádiva de vida.
4. Entre tantos daqueles pensamentos e chavões que ficaram gravados para a história, talvez possamos destacar: "Nós devemos ser a revolução que queremos ver no mundo". Faz-nos pensar e consciencializar que a transformação que se deseja para mundo terá de começar nas mais pequenas coisas da vida de todos os dias. Pensamento global, acção local. Tão simples e sempre tão complexo!...
Alexandre Cruz
1. Há sessenta anos, a 30 de Janeiro de 1948 (o ano da Declaração Universal dos Direitos Humanos: 10 de Dez.), em Nova Deli, Mahatma Gandhi, líder político e espiritual do movimento de independência da Índia, era assassinado por um extremista hindu. Esse extremista não aceitava os seus ideais simples de tolerância para com todos, valores pacíficos estes enraizados na crença tradicional hindu da “verdade” e da “não-violência”. A vida de Gandhi, assinalando um passo histórico da revolução pela paz, influenciou outros líderes na luta democrática e anti-racista de algumas nações, entre os quais Martin Luther Kinh (EUA) e Nélson Mandela (África do Sul).
2. É importante que não se perca a memória daqueles cuja vida foi doada generosamente por ideais que hoje são benefício de todos. Nos tempos da actualidade em que o “mundo é plano” (estamos em “ligação directa” comunicacional) e em que se proclama “o fim da distância” (o tempo on-line faz-nos ser sempre presentes), cumpre-nos apreciar esses valores universalistas, persistentes e resistentes, princípios representados por pessoas que foram edificando as sociedades democráticas na base da dignidade humana. Gandhi dá a vida por essa libertação não no alicerce da força mas da sabedoria. Talvez aqui esteja um valor essencial a preservar e actualizar em cada tempo e lugar.
3. Sobre Gandhi referiu o cientista Einstein que «as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra». Tal a força e intensidade da mensagem e, também, tal a abertura de espírito honesta intelectualmente do cientista que sabe reconhecer os lugares históricos e sociais da libertação e aperfeiçoamento do todo da humanidade. Tendo sido nomeado cinco vezes para o Nobel da Paz (entre 1937 e 1948) e não tendo recebido este símbolo de reconhecimento universal, o comité algumas décadas depois reconheceria a falta cometida. Na atribuição Nobel ao Dalai Lama em 1989 viria a prestar o tributo reconhecido a Gandhi pela sua dádiva de vida.
4. Entre tantos daqueles pensamentos e chavões que ficaram gravados para a história, talvez possamos destacar: "Nós devemos ser a revolução que queremos ver no mundo". Faz-nos pensar e consciencializar que a transformação que se deseja para mundo terá de começar nas mais pequenas coisas da vida de todos os dias. Pensamento global, acção local. Tão simples e sempre tão complexo!...
Alexandre Cruz