Santa Maria de Vagos
A SENHORA DE VAGOS
A SENHORA DE VAGOS
Caríssima/o:
Andávamos nós entusiasmados no pedalar furioso, quando pessoa amiga nos perguntou se não tínhamos passado por Vagos. Estranhei a pergunta, pois por lá passáramos mais do que uma vez. A explicação veio a seguir:
- Não sabes que o teu Avô era daí?
Olha se naquela idade eu e os meus amigos lá queríamos saber donde eram e para onde tinham ido os nossos antigos; o nosso querer era ultrapassar o fim do mundo!
E o nosso Avô tem esperado pacientemente até agora. Sem o fôlego da juventude, mas com a mesma genica (o que não quer dizer pujança!), andamos a basculhar os fólios antigos à procura das tais raízes. E lá vamos descortinando que o nosso Avô José Francisco era de Vagos, natural da Gafanha!... Agora me parece que o seu avô, Manuel Francisco Sarabando, é referido pelo P. João Vieira Resende, na Monografia, na página 83, nota, na relação dos fogos da Gafanha em 1802...
Seja, pois, esta lenda uma pequenina homenagem a todos os nossos antepassados que certamente foram romeiros da Senhora de Vagos.
«Uma das lendas sobre a origem do Santuário da Senhora de Vagos conta que, em tempos muito distantes, certo mercador francês, navegando junto à costa, se viu fustigado por medonho temporal, acabando o seu barco por se despedaçar, enquanto o mercador se salvava a custo,e com ele o maior tesouro que o barco trazia – a imagem de Nossa Senhora. O mercador escondeu a preciosa jóia, partindo depois à procura do pároco da vila de Esgueira para que à imagem fosse dado acolhimento condigno. Regressado com o sacerdote ao local, procuraram ambos por todo o lado, mas não encontraram o tesouro, que, entretanto, a outros apareceria pedindo abrigo. E o próprio D. Sancho I, rei de Portugal, avisado em sonhos, partiu de Viseu, onde se encontrava, teve a felicidade de contemplar a preciosa imagem e dotou a capela de avultadas rendas.
Outra lenda liga o aparecimento da ermida à cura da lepra de que sofria certo fidalgo (Estêvão Coelho), em sonhos avisado de que a terrível doença desapareceria com uma visita à Senhora de Vagos, que ele deveria procurar na mata. Partiu o fidalgo e encontrou a imagem. Curado, levantou-lhe pequena ermida e dotou-a de grandes rendas. Após a morte do fidalgo, porém, a Senhora desapareceu da ermida. Só então o povo se deu conta de que os restos mortais de Estêvão Coelho não haviam sido sepultados lá. Trasladados estes para o santuário, a imagem da Senhora regressou também, não mais voltando a ausentar-se.»[À Descoberta de Portugal, das Selecções do Reader's Digest, 1982, pg. 209]
Esperemos que o tempo esteja mais quente na altura da Romaria!
Andávamos nós entusiasmados no pedalar furioso, quando pessoa amiga nos perguntou se não tínhamos passado por Vagos. Estranhei a pergunta, pois por lá passáramos mais do que uma vez. A explicação veio a seguir:
- Não sabes que o teu Avô era daí?
Olha se naquela idade eu e os meus amigos lá queríamos saber donde eram e para onde tinham ido os nossos antigos; o nosso querer era ultrapassar o fim do mundo!
E o nosso Avô tem esperado pacientemente até agora. Sem o fôlego da juventude, mas com a mesma genica (o que não quer dizer pujança!), andamos a basculhar os fólios antigos à procura das tais raízes. E lá vamos descortinando que o nosso Avô José Francisco era de Vagos, natural da Gafanha!... Agora me parece que o seu avô, Manuel Francisco Sarabando, é referido pelo P. João Vieira Resende, na Monografia, na página 83, nota, na relação dos fogos da Gafanha em 1802...
Seja, pois, esta lenda uma pequenina homenagem a todos os nossos antepassados que certamente foram romeiros da Senhora de Vagos.
«Uma das lendas sobre a origem do Santuário da Senhora de Vagos conta que, em tempos muito distantes, certo mercador francês, navegando junto à costa, se viu fustigado por medonho temporal, acabando o seu barco por se despedaçar, enquanto o mercador se salvava a custo,e com ele o maior tesouro que o barco trazia – a imagem de Nossa Senhora. O mercador escondeu a preciosa jóia, partindo depois à procura do pároco da vila de Esgueira para que à imagem fosse dado acolhimento condigno. Regressado com o sacerdote ao local, procuraram ambos por todo o lado, mas não encontraram o tesouro, que, entretanto, a outros apareceria pedindo abrigo. E o próprio D. Sancho I, rei de Portugal, avisado em sonhos, partiu de Viseu, onde se encontrava, teve a felicidade de contemplar a preciosa imagem e dotou a capela de avultadas rendas.
Outra lenda liga o aparecimento da ermida à cura da lepra de que sofria certo fidalgo (Estêvão Coelho), em sonhos avisado de que a terrível doença desapareceria com uma visita à Senhora de Vagos, que ele deveria procurar na mata. Partiu o fidalgo e encontrou a imagem. Curado, levantou-lhe pequena ermida e dotou-a de grandes rendas. Após a morte do fidalgo, porém, a Senhora desapareceu da ermida. Só então o povo se deu conta de que os restos mortais de Estêvão Coelho não haviam sido sepultados lá. Trasladados estes para o santuário, a imagem da Senhora regressou também, não mais voltando a ausentar-se.»[À Descoberta de Portugal, das Selecções do Reader's Digest, 1982, pg. 209]
Esperemos que o tempo esteja mais quente na altura da Romaria!
Manuel