sábado, 4 de novembro de 2006

Um poema de António Correia de Oliveira

O PERFUME
O que sou eu? – O Perfume, Dizem os homens. – Serei. Mas o que sou nem eu sei... Sou uma sombra de lume!
Rasgo a aragem como um gume De espada: Subi. Voei. Onde passava, deixei A essência que me resume.
Liberdade, eu me cativo: Numa renda, um nada, eu vivo Vida de Sonho e Verdade!
Passam os dias, e em vão! – Eu sou a Recordação; Sou mais, ainda: a Saudade.
:: António Correia de Oliveira In "Cem Poemas Portugueses do Adeus e da Saudade" Org. de José Fanha e José Jorge Letria Lisboa, Terramar, 2002

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