terça-feira, 1 de agosto de 2006

Quadros da Ria de Aveiro

Palheiro de José Estêvão, na Costa Nova
(Foto publicada em "Imagens do Portugal Queirosiano",
com data de 1976)

José Estêvão, a esposa e seu filho Luís (Foto publicada no livro "José Estêvão - Estudo e Colectânea", com data de 1962)

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DESTES OCASOS D'OIRO
E DESTE CERÚLEO MAR
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Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar, Desta mesma risonha e plácida paisagem, Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem Se reflectiu no teu embevecido olhar! Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar, Refazer, para a luta, as forças e a coragem, Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem, Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar… Por isso o coração aqui me prende assim! E, da saudade, quando, ao remorder acerbo, Tua figura evoco e ressuscito em mim, Vejo-te errar na praia – emocionante engano! – Buscando a inspiração do teu ardente verbo No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!

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Soneto de Luís de Magalhães,

filho de José Estêvão Coelho de Magalhães,

em que evoca a Costa Nova e o seu próprio pai

: In “José Estêvão – Estudo e Colectânea”

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