QUANTAS
E QUÃO SUAVES
AS CORES
DOS CASULOS!...
Caríssimo/a:
Convido-vos a vestirdes a pele do avô da Maria Francisca. Certamente ficaríeis nas nuvens com a descrição daquilo que os pequenitos fizeram com os bichos da seda. Mas o melhor é ler:
“SALA DOS 3 ANOS
A Maria Francisca, no dia 23 de Abril, trouxe para a escolinha uns bichinhos da seda que o seu avô Manuel lhe ofereceu. Na sala, explicou aos amiguinhos que aqueles animais eram umas lagartinhas, mas que iriam fazer uns casulos e se transformariam em borboletas. Todos ficaram muito contentes com a surpresa e bastante curiosos.
A caixinha trazia tantos bichinhos da seda que decidimos dar alguns aos nossos amigos das outras salas (sala 4 e 5 anos, sala mista e ATL), para que eles também assistissem a essa transformação.
Os bichinhos da seda, enquanto lagartas, comiam folhas de amoreira que eram colhidas, todos os dias, na nossa amoreira da escolinha (que sorte termos cá uma amoreira!).
No princípio, os bichinhos passavam toda a noite sozinhos, na nossa sala. No entanto, estivemos a conversar e decidimos que, cada dia, se sorteava um menino que os levaria para sua casa. Assim, eles teriam companhia e podiam “jantar” e tomar o seu “pequeno almoço”. Acordámos também que, quem levasse os novos amiguinhos, teria de os tratar com muito cuidado e carinho, e não poderia deixar a caixa tapada, pois os bichinhos precisam de ar para respirar.
Enfeitámos a casinha dos bichinhos da seda, para que esta ficasse bonita. Foi realizado o sorteio: todos estavam expectantes, pois queriam que saísse o seu nome. O Miguel Cavaco foi o primeiro sorteado, levando para sua casa os bichinhos da seda e trazendo-os no dia seguinte. A ele, seguiram-se todos os outros meninos, que, tal como o Mi, ficavam sempre com um grande sorriso na cara quando ouviam o seu nome. E levaram os bichinhos da seda com grande responsabilidade.
Todos os dia os observamos e cantamos a sua canção, que nos fala do trabalho dos bichinhos e da sua transformação em borboletas.
Os bichinhos da seda crescem muito depressa: quando cá chegaram eram muito pequeninos e, de dia para dia, foram ficando cada vez maiores (são muito comilões!).
Um dia, deixaram de comer e começaram a trabalhar. O primeiro casulo foi tecido, no dia 16 de Maio, em casa da Joana.
A este, seguiram-se outros e mais outros e a caixinha foi ficando povoada de pequenos casulos. Eram tantos que tivemos de colocar algumas lagartinhas noutra caixa (na caixa do bolo de aniversário da Patrícia). Foi muito engraçado vermos os fios de seda e observarmos os bichinhos a tecer os seus casulos.
A nossa primeira borboleta (crisálida) nasceu no dia 22 de Maio na casa da Sofia. Nasceram mais duas em casa do Bernardo Torres e, quase todos os dias, borboletas novas apareciam. As primeiras começaram a pôr ovinhos. São milhões de ovinhos amarelinhos que estão nas nossas caixinhas. Para o próximo ano, vão nascer imensas lagartinhas. Vamos dando notícia!!!”
Pela transcrição do jornal da escolinha
Manuel