domingo, 2 de outubro de 2005

Um poema de Mo’ezzi

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OUTONO O outono montou a sua tenda branca sobre os montes; tiraram-lhes o tapete verdejante. O ramo do jasmim perdeu os seus adornos e a rósea olaia deixa cair as suas flores. O pálido marmelo amarelece; a romã cora; ó surpresa! terá um deles bebido o sangue do outro? Os jardins estão assombrados por negros saltadores: os negros corvos, com as suas vestes manchadas de pez. Esses bailarinos do outono começaram a agitar-se; as aves da primavera calaram os seus brancos concertos. Amáveis servidores, para festejar o equinócio, trazem os seus presentes ao afortunado príncipe. E o longínquo mar encarregou a nuvem de lhe lançar no trono, de presente, algumas pérolas. In Rosa do Mundo, tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo Nota: Mo’ezzi (1084 – 1147) é um poeta persa.

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