O Irmão Roger, de 90 anos, foi um dos verdadeiros gigantes do ecumenismo ao longo das últimas décadas. Assassinado em pleno decorrer de uma das orações que celebrizaram a Comunidade de Taizé, este antigo pastor calvinista chegou ao fim de uma vida dedicada à luta pela coexistência pacífica de todos os homens. Na comunidade que ele fundou, em Taizé, o Irmão Roger procurava realizar o ideal cristão de reconciliação e viver a colaboração ecuménica.
O nosso país foi testemunha, no final do ano de 2004, da capacidade deste homem frágil em congregar jovens de todo o mundo em torno de um ideal de silêncio, reflexão e espiritualidade profunda. O Encontro Europeu de Jovens que acolhemos de 28 de Dezembro de 2004 a 1 de Janeiro de 2005 deixou, por parte do Irmão Roger, um verdadeiro testamento de paz e de unidade, entre os cristãos e entre a humanidade. A não esquecer.
Há quem se tenha referido a esta figura como um “grande místico contemporâneo”. O seu olhar não se desviou nunca da realidade que nos rodeia, mas não se esqueceu de procurar nela um sentido oculto, mais profundo.
Pelo seu compromisso a favor da paz, foi agraciado pela Unesco com o prémio educação para a paz em 1988. João Paulo II falava da “primavera de Taizé” e não escondia a sua admiração para com o Irmão Roger.
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