1. INTRODUÇÃO: A RENOVAÇÃO DA CATEQUESE.A renovação dos catecismos que, neste momento, se torna urgente, leva-nos a tomar consciência da necessidade de esclarecer a identidade da catequese que pretendemos pôr em prática. Os catecismos são instrumentos para fazer catequese. Para definir as características dos catecismos, precisamos de esclarecer também a obra que queremos realizar com eles e o contexto em que devem situar-se, ou seja, a educação da fé que conduza ao crescimento da vida cristã.
A catequese encontra-se, há várias décadas, num processo de renovação de forma a responder às profundas mudanças do contexto cultural. Como declarou o Sínodo de 1977: “A renovação da catequese é um dom do Espírito Santo concedido à Igreja nos dias de hoje” (CT3). Verificou-se, primeiramente, a nível pedagógico, integrando os métodos activos, procurando uma relação mais forte com a vida, adoptando os áudio - visuais, prestando maior atenção à dinâmica do acto catequético. Depois, sobretudo com o Concílio Vaticano II, renovaram-se também os conteúdos doutrinais, seguindo a perspectiva da história da salvação e acompanhando o ritmo do ano litúrgico. A catequese torna-se mais bíblica e mais ligada à experiência dos catequizandos e das comunidades. Como regista o Directório Geral de Catequese: “Os trinta anos decorridos desde a conclusão do Concílio Vaticano II até aos umbrais do terceiro milénio constituem, sem dúvida, um tempo extremamente rico de orientações e propostas para a catequese. Foi um tempo que, de alguma maneira, recuperou a vitalidade evangelizadora da primeira comunidade eclesial; foi um tempo que relançou oportunamente o ensinamento dos Padres e favoreceu a descoberta do antigo catecumenado” (DCG 2).
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