Para redescobrir a cidadania
Face ao conhecido e inquietante desinteresse da maioria dos portugueses pelas questões da cidadania, o Movimento Católico de Estudantes e o Serviço Nacional de Pastoral do Ensino Superior vão avançar com as IX Jornadas de Universitários Católicos. O tema, “Redescobrir a cidadania – Contributos para a mudança”, pretende alertar e mobilizar os estudantes do Ensino Superior, para que assumam, na vida, nesta área como noutras, uma maior co-responsabilidade.
O projecto desta iniciativa foi apresentado no sábado, em Fátima, na reunião do Conselho Nacional de Pastoral do Ensino Superior, que decorreu sob a moderação de D. António Carrilho, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família. Estiveram presentes, para além da Equipa Executiva, representantes de algumas dioceses do País e de Lares Académicos.
As jornadas vão ter lugar em Leiria, de 17 a 19 de Março do próximo ano, sendo certo que o anúncio ora feito pretende, tão-só, sensibilizar os universitários para uma participação mais activa e muito mais empenhada, desde já. Nessa linha, urge que todas as estruturas estudantis, ligadas às Universidades e à Igreja Católica, descubram a importância desta iniciativa, no sentido de a divulgarem com mais consciência e com bastante eficácia.
“Mudanças e consequências: rumos e valores da nossa sociedade” e “Cidadania – A nossa responsabilidade na mudança” vão ser as conferências que abrirão o debate de temas tão importantes como cidadania e associativismo, ecologia e economia, sociedade de informação e interculturalidade, participação política e os portugueses, conflitos e inquietações, entre outros.
Em mesa redonda, o tema “Mudança, Cidadania e Ensino Superior” vai servir como motivo de reflexão, em ambiente sereno mas objectivo, na esperança de se encontrarem respostas para questões tão pertinentes como são estas, nos tempos que correm.
Ainda haverá espaços para debater as respostas urgentes que a Igreja Católica tem de dar, face às mudanças que toda a gente reconhece como inevitáveis, e tendo em conta, sobretudo, os desafios que se nos põem, hoje, para dizer Deus.
Fernando Martins