quarta-feira, 20 de julho de 2005

Entrevista de Freitas do Amaral ao DN

Diogo Freitas do Amaral, ministro de estado e dos negócios estrangeiros: "Não seria estranho se saísse do Governo para ser candidato"
Num hotel de Lisboa, ao fim da manhã do passado domingo, Diogo Freitas do Amaral deu ao DN a sua primeira grande entrevista na qualidade de ministro de Estado, falando mais de política nacional do que de política externa. Mas foram os Negócios Estrangeiros que "emolduraram" a conversa de pouco menos de uma hora, que começou atrasada porque o ministro estava reunido com o seu homólogo de Cabo Verde e acabou pressionada pelo tempo, pois Freitas tinha que apanhar um avião daí a pouco.
Ao aceitar o convite para fazer parte do Governo de José Sócrates colocou definitivamente de parte a hipótese de poder ser candidato às próximas eleições presidenciais?
Eu acho que uma coisa não tem a ver com a outra. E que, portanto, o facto de ter aceite o convite para integrar o Governo não me impede a mim, como não impede nenhum outro membro do Governo, de eventualmente ser candidato a esse ou outros cargos electivos. Agora, não lhe posso adiantar mais nada sobre a questão presidencial, porque acho que não devo ser o único cidadão português a falar antes daqueles que se sabe que estão pessoalmente muito interessados em ser candidatos presidenciais. Quando esses ficam calados, acho que os outros têm o direito de também continuar calados.
Tem consciência que com essa resposta abre caminho a todas as especulações, nomeadamente a de poder daqui a um mês ou dois deixar o Governo para ser candidato presidencial.
Não abro nenhum caminho a nenhuma especulação, estou muito bem onde estou, estou a fazer uma coisa que gosto muito. Desde a última eleição presidencial, que foi a da reeleição de Jorge Sampaio, que eu decidi e tornei público que não faria nada para uma candidatura presidencial. Não fiz diligências, não fiz iniciativas, não publiquei autobiografias, não convoquei jornalistas para conversar sobre o assunto, não fiz contactos com independentes, não me reuni com antigos governadores civis, não fiz rigorosamente nada. Portanto, salvo o devido respeito, parece-me que é excesso de especulação estar sempre a pensar que eu tenho esse objectivo escondido, quando a verdade é que eu não faço rigorosamente nada para atingir o tal objectivo. Há outros que o fazem, mas eu não faço e isso quer dizer que não estou empenhado na corrida às presidenciais.
(Para ler a entrevista toda, clique aqui)

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