sexta-feira, 6 de maio de 2005

O ABORTO, de novo

Diz Maria José Nogueira Pinto, política e provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que “O referendo ao aborto seria urgentíssimo se as prisões estivessem cheias de mulheres condenadas por esse crime. Mas não. Estão cheias de toxicodependentes com doenças incuráveis e contagiosas”. De facto, é verdade. Quando há tantos problemas sociais a exigirem uma atenção especial, não se compreende lá muito bem que a comunidade nacional, com muitos políticos na liderança da causa do aborto, não tenha olhos para mais nada. Argumentam que há muito abortos clandestinos e que é preciso acabar com esse estado de coisas. Como se isso fosse possível, assim de pé para a mão. Com a lei actual ou com outras, os abortos clandestinos vão continuar, apenas porque se trata de uma questão cultural. Penso que muitas mulheres que abortam o fazem na clandestinidade, simplesmente porque não têm coragem de o fazer às claras e por, no fundo, saberem que estão a cometer um erro grave. A lei em vigor dá-lhes a liberdade de pedirem o aborto, em casos especiais e bem definidos, mediante acompanhamento médico e psicológico, mas nem assim as mulheres procuram estabelecimentos de Saúde para fazerem o aborto. Não compreendo, por isso, tanto barulho. A não ser que esse barulho se faça para atrair clientela e para confundir as pessoas. Sabe-se que a Igreja Católica condena o aborto, como condena a eutanásia e a pena de morte, e que propõe a cultura da vida, contra a cultura da morte. Mas também se sabe que não pode nem vai impedir ninguém de pôr em prática a Interrupção Voluntária da Gravidez, muito menos os não católicos. Os católicos, porém, sabem que o não podem fazer, sob pena de pecarem gravemente. Fernando Martins

1 comentário:

  1. Será que a malta de esquerda não acredita na vida? Será que os defensores do aborto seriam capazes de matar um bebé que estivesse para nascer daí a uns três meses? Ou quatro? Ou cinco?
    Ou só aceitam que o bebé é gente depois de nascer?

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