Recursos do planeta estão a esgotar-se
Já há muito que se prega que estamos todos a contribuir para que os recursos da Terra estejam a esgotar-se, como consequência das ofensas que dirigimos à natureza. E para provar isso mesmo, aí temos hoje um relatório da ONU, no qual se sublinha que o ser humano alterou a Terra nos últimos 50 anos a uma velocidade sem precedentes, sendo certo que esta tendência, a manter-se, compromete a manutenção de serviços básicos que o planeta oferece e que sustentam a própria civilização.
Neste relatório, é feita uma previsão a longo prazo que é pouco animadora. Refere ele que a temperatura vai aumentar, haverá mais secas, mas também mais inundações, e que o homem vai implementar a sua procura de alimentos e água, nos próximos 45 anos. Entretanto, sublinha que 10 a 20 por cento das áreas florestadas deverão ser convertidas em terrenos para fins agrícolas, bem como irão proliferar espécies exóticas e organismos transmissores de doenças, prevendo-se a continuação da sobreexploração dos stocks pesqueiros.
Depois de várias considerações sobre os ecossistemas, que estão a degradar-se a olhos vistos, lembra que os mesmos têm hoje menor capacidade para purificar o ar, fornecer água doce e limpa, combater a erosão, limitar as pestes e regular o clima a nível regional.
O relatório da ONU afirma, entretanto, que a erradicação da fome irá continuar, mas a um ritmo mais lento do que o necessário para reduzir para metade o número de esfomeados no mundo.
No balanço final, o estudo reconhece que as alterações trouxeram ganhos nítidos para o bem-estar humano e para o desenvolvimento económico. Mas também frisa que o custo a pagar é a degradação dos próprios ecossistemas, com impactos problemáticos no futuro.
F.M.