sábado, 27 de março de 2021

Francisco e o pós-pandemia. 1

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias


São 187 os países que têm relações diplomáticas com a Santa Sé/Vaticano. Também várias organizações internacionais, como a União Europeia, a Liga dos Estados Árabes, a Organização Internacional para as Migrações, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a Ordem Soberana Militar de Malta, têm um representante junto do Papa.

1 Como habitualmente, também este ano o Papa Francisco saudou o Corpo Diplomático num discurso com propostas para o futuro novo. Derrotar o vírus é "uma responsabilidade que nos envolve a todos: cada um de nós pessoalmente e também os nossos países". O ano de 2020 "deixou atrás de si um peso de medo, desânimo e desespero, a par de muitos lutos". A pandemia mostrou como somos interdependentes: os seus efeitos são verdadeiramente globais, afectando toda a Humanidade. "Pôs-nos em crise, mostrando-nos o rosto de um mundo doente, não só pelo vírus, mas também no meio ambiente, nos processos económicos e políticos, e ainda mais nas relações humanas. Colocou diante de nós uma alternativa: continuar pelo caminho que temos seguido ou empreender uma nova via."

Fique em Casa


Não é preciso grande esforço para refletirmos sobre os confinamentos aconselhados pelos  meios de comunicação social, obrigados que fomos a ler nos cantos das televisões o aviso “Fique em Casa”. A realidade concreta da vida, os comunicados do Governo, os discursos e conversas do Presidente da República e das pessoas mais informadas mostram os dramas e medos que o mundo está a enfrentar. 
O perigo de contágio do Covid-19, estatisticamente mais fatal para pessoas idosas ou fisicamente mais débeis, não deixa dúvidas a ninguém de bom senso sobre a segurança que existe em nossas casas e a incerteza que podemos topar nos estabelecimentos e ajuntamentos ocasionais ou organizados,  por aqui e por ali, à revelia das decisões impostas pelos Governo, com o apoio da Assembleia da República e do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Rádio Terra Nova iniciou emissões oficiais há 32 anos

Em 26 de Março de 1989, num domingo de Páscoa, a Rádio Terra Nova (RTN), já com alvará e com as exigências legais aprovadas, reiniciou as suas emissões, assumindo um projeto voltado para as realidades culturais, sociais, desportivas e outras das comunidades envolventes, num raio de ação que, na altura, atingia os 50 quilómetros.
Adotou o nome Terra Nova, não só em homenagem a quantos viveram a saga da Faina Maior — Pesca do Bacalhau — nos mares do mesmo nome, mas ainda por refletir o sonho de quantos apostam numa terra nova, no respeito pelo progresso sustentado e pelos direitos humanos.
A sua programação aposta na informação regional e nacional, juntamente com uma cuidada escolha musical. Há, presentemente, os mais diversos programas que podem ser seguidos um pouco por todo o mundo, graças aos meios audiovisuais.
Com estúdios centrais na Gafanha da Nazaré, em espaço cedido no Centro Cultural (hoje Fábrica das Ideias) da nossa terra, emite em FM 105.0Mhz, para os concelhos de Ílhavo, Aveiro, Vagos, Estarreja, Murtosa, Ovar, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Águeda, Oliveira do Bairro, Anadia, Cantanhede e Mira.
Estas consideração, mais ou menos alinhavadas, foram escritas por mim há 11 anos, mas julgo que o essencial se mantém atual. Porém, uma rádio, como os demais órgãos de comunicação social, tem de estar em permanente caminhada de renovação.
Hoje, sinto ser minha obrigação sublinhar esta data para felicitar quantos a dirigem a nossa rádio e nela trabalham, com destaque para Vasco Lagarto, que desde a primeira hora tem sido a alma da RTN.

FM

Montado num jumento, Jesus entra na cidade

Reflexão de Georgino Rocha 
para o próximo domingo

A  CAMINHO DA PÁSCOA

A Igreja celebra o domingo de Ramos como “pórtico” da semana santa, a visão antecipada dos acontecimentos finais da vida terrena de Jesus. O triunfo da entrada em Jerusalém, caricatura do que realmente vai ocorrer, é profecia do que virá: a paixão e morte de Jesus adquirem o seu pleno sentido no grito de vitória sobre o mal na ressurreição de Jesus. Mc 11, 1-10.
O jumento que monta, os discípulos que o aclamam, os factos prodigiosos que recordam, as aclamações de paz e glória no céu, tudo isso não evoca senão o logro das aspirações dos mais débeis e desamparados deste mundo. “Em Jesus triunfa tudo o que na ordem presente fracassa. Tal é o significado profundo da entrada de Jesus em Jerusalém” Castillo.
O jumento estava preso e tem de ser desatado para que Jesus o possa utilizar. O animal deixa fazer, é dócil, paciente, humilde e serviçal. Avançam juntos. O jumento deixa-se guiar. Vai onde Jesus quer. Que bela lição!
Juntemo-nos a esta multidão entusiasmada que acompanha e aclama Jesus. Como eles, reunidos com os seus ramos e cânticos, nós vimos dizer-Lhe o nosso reconhecimento pelas curas e as bênçãos, pelo dom que Ele faz de si mesmo. E Jesus acolhe esta manifestação popular de afecto com benevolência.

quinta-feira, 25 de março de 2021

Vocábulo Gafanhão - 1

RECOMEÇO
Afinal encontrei a 2.ª edição de O Vocábulo Gafanhão






Continua

O TEMPO

Capela de Santo Amaro, Vilarigues, Vouzela. Foto de FM

O tempo
é sagrado

O tempo
é templo


Adília Lopes
Em SUR LA CROIX

Gafanha da Nazaré – Alameda D. Manuel II

D. Manuel II

D. Manuel II nasceu a 19 de março de 1889, no Palácio de Belém, em Lisboa. Filho segundo do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia de Orleães.
Em 1904 assentou praça como aspirante na Marinha Portuguesa, tendo em 1907 ingressado na Escola Naval.
Com o regicídio de 1 de fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe foram assassinados, tendo D. Manuel ascendido ao trono como o sucessor do monarca, porém, como segundo na linha de sucessão não tinha sido preparado para assumir este cargo. Além disso, D. Manuel II encontrou um país com uma situação muito conturbada em termos políticos. A nível interno teve de enfrentar essencialmente duas questões: o caso Hinton e o caso do Crédito Predial. Na primeira, Hinton, inglês que vivia na Madeira, exigiu uma indemnização ao Estado Português pela revogação do monopólio do açúcar e do álcool no Arquipélago. Algo a que o Governo teve de ceder perante a enorme pressão inglesa. No segundo caso, estava em causa um desfalque que envolvia figuras importantes do regime.
Apesar de todas as dificuldades, D. Manuel II procurou uma solução para o período conturbado, tendo convidado o sociólogo Léon Poinsard, para traçar um quadro do nosso país e sugerir medidas de fomento a nível económico e social, o que resultou na divulgação do estudo Le Portugal Inconnu (1910).
Em termos externos, D. Manuel II tentou estabelecer boas relações diplomáticas com outros países, nomeadamente Inglaterra e Espanha.
Apesar de todos os esforços, a Revolução Republicana acabou por triunfar a 5 de outubro de 1910 e o monarca exilou-se em Inglaterra. Mesmo afastado continuou a interessar-se pela situação política de Portugal, tendo sido favorável à entrada do país na I Guerra Mundial, ao lado dos Aliados.
Faleceu a 2 de julho de 1932, em Inglaterra, porém, os seus restos mortais foram transportados para Portugal.

Informação Histórica do Topónimo

1. Este trabalho foi elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) para o projeto “Se esta rua fosse minha";
2. A Alameda D. Manuel II existe na Gafanha da Nazaré e foi aprovada pela CMI em 19 de setembro de 2005 (Ata CMI 26/2005).

Informação Memorial sobre o Topónimo

O professor Fernando Martins recorda (Timoneiro junho de 2013) a visita do monarca à região, a 27 de novembro de 1908, na qual supervisionou as obras da Barra, tendo atravessado a Gafanha da Nazaré. A ocasião tornou-se ainda mais importante quando numa sessão na Câmara Municipal de Aveiro condecorou o gafanhão, António Roque, que conduziu o barco em que regressou, com a medalha de mérito, philantropia e generosidade.
Mas a ligação de D. Manuel II à região não terminou nesta visita, tendo assinado, a 23 de junho de 1910, o decreto da  criação da freguesia e paróquia da Gafanha da Nazaré.

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