Não é o nosso mar, por estranho que pareça, com jardim a decorá-lo. É um jardim por cima das nuvens. Uma bela oferta da natureza que não deixa de nos surpreender. No Caramulo, em dia límpido.
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Homem sensato, Homem insensato
"O homem sensato adapta-se ao mundo.
O homem insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si.
Sendo assim, qualquer progresso depende do homem insensato"
Bernard Shaw (1856-1950), dramaturgo
No PÚBLICO -Escrito na Pedra
Celebrações comunitárias estão de volta
Gafanha da Nazaré
Não sei quando é que este cartaz foi concebido e porquê. Só sei que o tinha guardado num disco externo, mas também sei que corresponde à verdade. Terra acolhedora, não discrimina quem chega e a todos respeita como se filhos seus fossem. Venham de onde vierem, aqui há sempre lugar para mais um. Eu sei que toda a gente dirá o mesmo das suas terras de origem, porém, cada um torce pelo torrão que o viu nascer ou por aquele que o recebeu de braços abertos.
F. M.
NOTA: O cartaz foi elaborado no âmbito de uma ação da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré.
NOTA: O cartaz foi elaborado no âmbito de uma ação da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré.
Abre o coração ao sopro do Senhor
Reflexão de Georgino Rocha
para a Festa de Pentecostes
"O sopro de Jesus gera em nós um coração novo, um olhar puro, uma audácia ousada, uma experiência feliz"
João coloca o envio do Espírito Santo no dia da Ressurreição, o primeiro da semana, ao anoitecer (da esperança dos discípulos). Jo 20, 19-23. Lucas prefere situá-lo na festa de Pentecostes, festa tradicional das colheitas, festa memorial que passa a celebrar a aliança de Deus com o seu povo, a partir do Sinai. Lucas, com esta opção, pretende fazer catequese e mostrar que o novo povo, a comunidade cristã, nasce com a vinda do Espírito e o anúncio de Jesus ressuscitado pelos apóstolos.
A narrativa de João “visualiza” esta vinda de forma expressiva e solene. Constitui uma cena enternecedora, cheia de significado, tendo Jesus apresentado as suas credenciais ao grupo amedrontado – apesar dos sinais de esperança ocorridos durante o dia -, fechado em si mesmo e na casa onde estava reunido, enquanto a noite descia lentamente sobre a cidade. E a reviravolta acontece, a começar pela sintonia criada e audácia assumida.
Jesus aparece e coloca-se no meio deles, deseja-lhes a paz, mostra as feridas da sua paixão, reafirma a união que mantém com Deus Pai de quem é o enviado, anuncia a missão que lhes vai confiar, sopra sobre eles e diz: “Recebei o Espírito Santo”. Que “evolução” anímica e espiritual se pode pressentir neste episódio singular: da dispersão interior à convergência em Jesus, o centro do encontro que gera vida; do medo castrador à coragem fecunda e inovadora; da inquietação perturbante à pacificação harmoniosa e confiante; da tristeza amarga pela sensação de uma ausência sofrida à experiência exultante de alegria pela novidade da presença tão desejada; do vazio existencial face ao presente e ao futuro, ao envolvimento imediato na missão condensada na “gestão” sábia do perdão como dom de Deus.
quinta-feira, 28 de maio de 2020
TOCAR OU NÃO TOCAR, A ETERNA QUESTÃO
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Foto da rede global |
O regresso à vida, paulatinamente mas com segurança, dá-nos que pensar. Usar máscaras está assumido com um ou outro esquecimento. Ainda hoje, fomos obrigados a voltar a casa, apenas porque faltava a máscara. Com elas no sítio certo, lá seguimos viagem para as habituais compras do dia. E logo voltámos às transgressões porque admitimos que estava tudo dentro das normas. Desinfeção à entrada. Muito bem. Mas não estaria: Era preciso pôr fruta nos sacos, escolher legumes e conservas, adoçante, pão, peixe e mais umas coisas, normalmente embaladas. E estaria tudo virgem? E não andaram por ali a mexer, tão típico do nosso povo? E não é verdade que todos aprendemos a ver com as mãos? E os carrinhos estariam isentos do coronavírus? E os cartões? E os balcões e corrimões? E os multibancos e semelhantes? E tudo e mais tudo o que está à venda? Pois é. O perigo espreita.
Estamos atados a correntes higiénicas sem precedentes. Medrosos e duvidosos. Frente a frente com ameaças. Lado a lado com a dúvida. E onde está o caminho imaculado?
F. M.
quarta-feira, 27 de maio de 2020
O Paulo Teixeira já está no coração de Deus

Fui surpreendido, há minutos, pela notícia do falecimento do Paulo Jorge Albuquerque Teixeira, 55 anos, a quem me ligavam laços de franca amizade, pela sua extrema simpatia e por interesses comuns, no âmbito do folclore e etnografia, mas também pela sua dedicada entrega ao Movimento de Schoenstatt e ao Santuário da Gafanha da Nazaré, de que foi responsável pela comunicação. O Paulo Jorge era casado com Maria de Fátima Coelho Ferreira, a Fami para os amigos, e sempre os vi juntos, onde quer que os encontrasse. Sorridentes, denunciavam o amor que os unia e a simplicidade no trato social e na vivência espiritual que cultivavam.
Filho de Américo Teixeira e de Alda Albuquerque, era irmão de Ana Maria e Teresa Cristina e amigo de toda a gente que se cruzasse com ele e sua esposa, deixa um vazio difícil de preencher, tanto mais que cada ser humano é único e irrepetível. O Paulo, contudo, permanecerá na memória de todos os seus inúmeros amigos como um homem bom e disponível, sensível e militante da espiritualidade Mariana.
À família, e em especial à sua Fami, nossa querida amiga, apresento condolências enriquecidas pela garantia das minhas orações. Deus já o acolheu no seu regaço maternal.
Permitam-me que apresente também condolências à Família de Schoenstatt de que o Paulo fazia parte com a Fami.
Permitam-me que apresente também condolências à Família de Schoenstatt de que o Paulo fazia parte com a Fami.
Fernando Martins
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